Açúcar salva abelhas algarvias
MEL ► Fogos e seca ameaçam produção no Sotavento algarvio
Aseca prolongada e a destruição causada pelos fogos que assolaram os concelhos de Tavira, Vila Real de Santo António e Castro Marim colocam em risco as colónias de abelhas e a produção de mel. Para minimizar o problema e garantir que as abelhas tenham alimento e possam continuar a produzir o precioso néctar, o Governo distribuiu oito toneladas de açúcar pelos apicultores. É a alternativa ao pólen, que está em falta.
A área ardida foi de cerca de 6 mil hectares. “As abelhas perderam a fonte de alimentação e, devido à seca, a rebentação da vegetação está a ser prejudicada. As abelhas sofrem e por isso foi decidido avançar com esta alimentação de emergência, que já foi distribuída pelos 15 apicultores que ficaram com colmeias mas perderam os campos de a l i mentação devido aos fogos”, refere o diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve, Pedro Monteiro. Para compensar a falta de pastagens, a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve distribuiu também 21 toneladas de palha para ovelhas, cabras e vacas e 8200 quilos de feno e grão para bovinos e suínos.
É no Algarve que se faz sentir de forma mais grave os efeitos da seca. A bacia do Barlavento era a que apresentava, no final de outubro, a menor disponibilidade de água (13,9%) nas barragens. Treze das 60 albufeiras monitorizadas no País tinham, no final de outubro, disponibilidades hídricas inferiores a 40% do volume total, enquanto oito apresentavam valores superiores a 80%.
CHAMAS DESTRUÍRAM CERCA DE 6 MIL HECTARES NO SOTAVENTO ALGARVIO