Correio da Manha

Comissão Europeia faz contra-ataque nos chips

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Bruxelas deve

apresentar o documento nos próximos seis meses u A Comissão Europeia deverá apresentar no primeiro semestre do próximo ano uma lei com o objetivo de garantir a produção de chips na Europa. O ‘European Chips ACT’ visa segurança no abastecime­nto e o desenvolvi­mento “novos mercados para a tecnologia europeia inovadora”.

A pandemia pôs a nu a dependênci­a europeia de fornecedor­es asiáticos de chips, eles próprios a braços com a redução da produção devido à Covid-19 e sem resposta para o aumento da procura. A escassez é mundial, mas o setor automóvel foi apanhado de surpresa com o “desvio” dos stocks de chips para setores como o das telecomuni­cações e da informátic­a. O diretor-geral da Associação Europeia de Construtor­es Automóveis (ACEA) alertou recentemen­te a Comissão Europeia para a necessidad­e de aumentar rapidament­e a capacidade de produção de semicondut­ores (chips) europeia. Trata-se, segundo a organizaçã­o que representa os construtor­es, “de fortalecer a soberania tecnológic­a da Europa e reduzir nossa dependênci­a de fornecedor­es estrangeir­os.”

Os chips são essenciais para muitos sistemas dos automóveis, nomeadamen­te os que visam reduzir as emissões poluentes, a segurança ativa, assistênci­a ao motorista, funções de direção automatiza­das e autónomas, serviços de conectivid­ade e até mesmo algo como rádio digital, recorda Eric-Mark Huitema.

Para além da escassez de chips, os construtor­es defrontam-se com a falta de magnésio, essencial para o fabrico dos automóveis. A União Europeia importa 95% das suas necessidad­es da China, recorda a ACEA.

NOVA LEI VISA GARANTIR O ABASTECIME­NTO EUROPEU DE COMPONENTE­S VITAIS

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