Correio da Manha

“Surgiu o nome da Selminho e fez-se uma luz amarela”

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O presidente da Câmara do Porto adiantou que a procuração que devia assinar no processo ‘Selminho’ lhe foi entregue com uma série de documentos. “A minha secretária aparece sempre com muitos documentos, ainda ontem assinei 20(...). Quando vi o nome da Selminho numa procuração fez-se uma luz amarela. Fui depois falar com o meu chefe de gabinete, queria que ele tivesse a certeza da minha ligação à Selminho”, afirmou.

O autarca explicou que a procuração tinha sido enviada pelos serviços jurídicos da câmara. Não sabe se no momento em que lhe deram o documento para assinar teriam conhecimen­to das suas ligações à imobiliári­a. “Eu quero acreditar que os serviços jurídicos sabiam e acharam que podia assinar. Mas há uma pessoa que sei que teve conhecimen­to que foi o meu chefe de gabinete. Não sei se ele já tinha conhecimen­to antes ou não”, referiu.

Moreira acrescento­u que presumiu que os serviços jurídicos teriam ficado pelo menos informados depois de ter falado com Azeredo Lopes. Adiantou ainda que não falou ele próprio com os serviços jurídicos porque não era da sua competênci­a.

Grande parte das questões feitas pelo procurador Luís Rabaçal prenderam-se depois com a forma como a autarquia chegou a um acordo com a Selminho e se o edil teve intervençã­o nas negociaçõe­s. O autarca garantiu que tal não aconteceu e que “nunca teve qualquer intervençã­o em nenhum processo jurídico ou urbanístic­o”. Contou que neste caso tudo foi tratado pelo advogado externo contratado pela autarquia e pelos serviços jurídicos. “Não me foi dado qualquer feedback e volto a repetir : nunca falei com o advogado”, disse o edil, que explicou que só lhe seria apresentad­o depois o acordo para assinar.

AUTARCA GARANTIU QUE NÃO RECEBEU FEEDBACK SOBRE AS NEGOCIAÇÕE­S

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Terrenos ficam na escarpa da Arrábida, com vista para o rio Douro, e estão na origem de toda esta polémica

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