Sargento expulso por sacar 9 mil €
GNR José Henrique Cruz da Silva perde todos os benefícios de militar
AGNR aplicou a medida de coação mais gravosa do regulamento disciplinar - a separação de serviço, em que um militar é expulso da força de segurança e perde direito, para o próprio e família, a aceder todos os benefícios da profissão, como a reforma e a assistência médica - ao sargento-ajudante José Henrique Cruz da Silva. O antigo comandante de posto foi condenado, em 2016, a uma pena de prisão por ter desviado cerca de nove mil euros , gerados por multas e gratificados feitos pelos subordinados.
A decisão do processo disciplinar foi ratificada pelo comandante-geral da GNR, tenente-general Rui Clero, e publicada em Diário da República. Desde ontem, militar perdeu
ALÉM DA EXPULSÃO, O SARGENTO PERDE REFORMA E APOIO MÉDICO
todos os vínculos à GNR, sendo que estava suspenso desde o início da investigação.
O s a r gento- a j udante J os é Cruz da Silva foi considerado culpado de quatro crimes de peculato. Os juízes do Tribunal de Santa Maria da Feira que apreciaram o processo situaram os factos nos anos de 2012 e 2013, quando o sargento comandava o posto de Lourosa. Após José Cruz da Silva ter sido transferido para o comando do Algarve, e depois para o posto de Alfena, em Valongo, o seu sucessor descobriu as infrações, e reportou-as superiormente.
O sargento-ajudante acabaria por ser condenado a três anos e meio de pena efetiva. Já suspenso de funções, José Cruz da Silva recorreu da pena para o Tribunal da Relação do Porto. Os desembargadores decidiram suspender a execução da pena de prisão, mediante o pagamento de uma indemnização de 8900 euros ao Estado.
O sargento-ajudante ficou ainda sujeito pelo tribunal a um plano de readaptação social. A GNR, no entanto, mal se deu o trânsito em julgado da pena, ativou o processo disciplinar, vindo agora a expulsar o militar das suas fileiras.