As ‘70 Voltas’ do criador de canções Jorge Palma
ANIVERSÁRIO Álbum ao vivo chega hoje e disponibiliza concerto no Castelo de São Jorge, no qual o músico celebrou sete décadas ESPETÁCULO Novas datas agendadas para Lisboa e Porto
Perante um número reduzido de 100 pessoas, por i mpo s i ç ã o d a s r e g r a s contra a Covid-19, Jorge Palma celebrou, em setembro do ano passado, no Castelo de São Jorge (Lisboa), os 70 anos de idade, então num concerto único com uma orquestra de câmara de 14 elementos. O espetáculo, que foi gravado em áudio, está a partir de hoje disponível em CD e duplo vinil. Para escutar em ‘70 Voltas ao Sol’ estão alguns dos temas mais icónicos da carreira de um dos maiores escritores de canções em Portugal.
“Apesar de, na altura, estar
CONCERTOS CONTAM COM UMA ORQUESTRA DE CÂMARA COM 14 MÚSICOS
mos numa grande incógnita, foi uma noite muito bonita que acabou por dar origem a um programa de televisão e agora a um disco”, recorda ao CM Jorge Palma, que assim voltou às suas raízes. “Nos anos 70 trabalhei como orquestrador e já escrevia para orquestras numa altura em que ainda ninguém sabia quem era o Palma. Ganhava o meu pão a fazer orquestrações.”
Este disco chega numa altura em que o concerto do Castelo de São Jorge vai voltar aos palcos, já amanhã no Centro Cultural de Belém, em Lisboa (repete dia 16 de dezembro) e dia 24 na Casa da Música, no Porto. As três datas contam com a fadista Cristina Branco como convidada.
Palma destaca o rigor de um concerto que pode surpreender. “Com um grupo de câmara é tudo muito mais definido. As sonoridades cruzam-se de forma delicada, mas quando é para bombar, eles bombam e de repente estes músicos da clássica tornam-se ‘rock and rollers’”.
Sem lançar originais desde 2011, Palma está já a ultimar um novo álbum de estúdio. “Tenho meia dúzia de temas a chegar ao ponto, mas não quero fazer promessas”, diz o músico, que continua a escrever por instinto e inspiração rara. “Quando se começa a escrever dedicado e concentrado, as janelas começam todas a abrir-se.”