Bolhão reabre renovado e sem perder identidade
OBRAS Espaço icónico da cidade irá abrir portas no segundo trimestre de 2022. 64 comerciantes e 26 inquilinos continuam
Aa z á f a ma i r á v o l t a r a o Mercado do Bolhão a partir do segundo trimestre do próximo ano. Está previsto que nessa altura o espaço volte a abrir finalmente as portas ao público. Será um Bolhão em tudo melhorado, mas sem nunca perder a sua identidade. As obras - que começaram em maio de 2018 e que estão orçadas em 22,3 milhões de euros - pretenderam manter acima de tudo os valores únicos do espaço. A empreitada, localizada no centro do Porto, encontra-se já na reta final e ficará concluída ainda este ano. No início de 2022 serão realizadas vistorias, ensaios, e será colocado todo o equipamento e sinalética.
EMPREITADA COMEÇOU EM MAIO DE 2018 E TEM UM VALOR DE 22,3 MILHÕES
Os visitantes irão encontrar um mercado de frescos e produtos alimentares totalmente renovado, restaurantes e outro tipo de comércio histórico. O espaço sofreu diversas melhorias a nível de acessibilidade, conforto, higiene e funcionalidade. Dos 98 comerciantes que estavam anteriormente no interior do mercado, 64 continuam neste espaço melhorado. Os restantes cessaram atividade. Já quanto aos inquilinos históricos, que se encontravam no espaço exterior do Bolhão, são 26 os que continuam. Os restantes 14 terminaram a atividade. Grande parte dos encerramentos tinha já ocorrido na altura da transferência para o mercado temporário, que está no centro comercial La Vie.
A recuperação física visou devolver coerência ao edifício e resolver anomalias. Foram realizados arranjos na cobertura, que tem soleto em ardósia - uma das imagens de marca do espaço - e reforçada toda a estrutura de madeira original. Os estuques dos tectos e as estruturas em pedra da fachada foram alvo de intervenção. Também na fachada o reboco original foi recuperado. O Bolhão passa assim a ter a cor original do projeto de 1914, que procurava reproduzir o granito portuense exposto ao sol. Uma pesquisa histórica e sondagens confirmaram a preexistência desta cor. Quanto a novidades destaca-se a criação de uma nova passagem aérea que ligará a Rua de Sá da Bandeira com a de Alexandre Braga. O chafariz que estava no centro do edifício está agora junto à entrada principal e os azulejos publicitários voltam às escadarias.