Médica alerta para impacto nos idosos
DESCOBERTA Especialista sul-africana explica que os sintomas são “ligeiros” em jovens saudáveis
Amédica sul-africana que alertou a comunidade internacional para a existência da nova variante do coronavírus diz que esta provoca “sintomas suaves”, pelo menos nas pessoas jovens e saudáveis que lhe chegaram ao gabinete, em Pretória, capital da África do Sul. Angelique Coetzee receia, no entanto, o impacto que a infeção possa ter nos idosos, sobretudo nos diabéticos ou doentes do coração.
Segundo a especialista, a Ómicron não parece afetar o paladar
PACIENTES INFETADOS COM ÓMICRON FALAM DE “FADIGA EXTREMA”
e o olfato. Por outro lado, Angelique Coetzee conta que observou uma criança infetada, de seis anos, que tinha a pulsação “muito acelerada”. O sintoma mais relatado é “a extrema fadiga”, o que pode indicar, sobretudo nos idosos, insuficiência cardíaca.
“A preocupação que devemos ter é com os mais velhos”, disse Angelique, acrescentando: “Quando as pessoas mais velhas que não tomaram a vacina começarem a ficar infetadas com a nova variante, podemos vir a ter muita gente doente com uma forma mais severa da Covid-19”, advertiu. A médica só atendeu jovens saudáveis.
Ontem, com mais dois países a relatarem casos confirmados de Ómicron (Países Baixos e Dinamarca), o primeiro-ministro, António Costa, reconheceu que a Ómicron preocupa “o Mundo inteiro” e garantiu que ainda não foi detetada em Portugal. Caso o seja, assegura que serão tomadas “as medidas adequadas”, incluindo a “restrição de viagens de um conjunto de países” e “testagem obrigatória em todos os voos provenientes de onde quer que seja”, algo que acontece já a partir de 4ª feira. O Presidente da República pediu “serenidade, cabeça fria e bom senso” quanto à variante.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, pediu desculpa pelos incómodos causados pela suspensão dos voos de e para Moçambique. Comprometeu-se com voos de repatriamento.