Correio da Manha

Arguidos têm de pagar ao Estado 776 mil euros

VALOR Ministério Público considera que José Fontes e João Leitão devem pagar indemnizaç­ão

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O Ministério Público (MP) considera que José Fontes, trabalhado­r agrícola acusado de ser responsáve­l pelo deflagrar do fogo, e João Leitão, piloto do helicópter­o, têm a obrigação de indemnizar o Estado em mais de 776 mil euros. A indemnizaç­ão cível resulta de vários encargos que a GNR teve de suportar com os três militares alvo das chamas no incêndio em Mourão: cuidados de saúde, deslocaçõe­s a hospitais e clínicas, equipament­os destruídos no fogo e pagamento integral dos salários durante o período em que estiveram com incapacida­de absoluta e parcial para o serviço e em que um deles esteve internado.

Na acusação, o MP defende que “as lesões que determinar­am a prestação de cuidados de saúde e os encargos que a GNR suportou, em consequênc­ia de tais lesões, foram consequênc­ia direta e necessária das condutas dos arguidos José Fontes e João Leitão”. Daí que, segundo o MP, “da atuação dos arguidos José Fontes e João Leitão resultou necessária e diretament­e um prejuízo para o Estado port uguês, c onsti t ui ndo- s e os mesmos na obrigação de indemnizar e reparar, solidariam­ente, o prejuízo causado no montante global de 776 317 euros”. José Fontes e João Leitão podem contestar esta posição do MP.

Na acusação, o MP sublinha que, no incêndio em Mourão, José Ferreira, João Carraça e Carlos Fernandes “ficaram gravemente feridos, necessitan­do de tratamento hospitalar”. Com os cuidados de saúde destes três militares e o respetivo transporte para os hospitais e clínicas, a GNR gastou mais de 595 mil euros. Os encargos com salários somaram um total superior a 176 mil euros.

GNR GASTOU MAIS DE 595 MIL EUROS NOS CUIDADOS DE SAÚDE DOS FERIDOS

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A GNR assumiu todos os encargos com a saúde e salários dos três militares

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