Mais de 2 mil freguesias com ‘áreas brancas’
SERVIÇO r Regulador lança segunda consulta pública sobre cobertura de áreas sem comunicações de alta capacidade CONCURSO r Financiamento público vai ultrapassar os 160 milhões de euros
AAutoridade Nacional de Comunicações (Anacom) avançou com uma segunda consulta pública sobre cobertura das ‘áreas brancas’, depois de, na primeira, terem sido identificados mais de 450 mil edifícios sem banda larga.
“No total, foram agora identificadas 36 891 subsecções estatísticas como ‘áreas brancas’ (zonas sem redes públicas de comunicações eletrónicas de capacidade muito elevada), espalhadas por 2032 freguesias, de 303 concelhos do País. O universo total de edifícios abrangidos atinge os 450 mil,
CONCURSO PÚBLICO NÃO DEVERÁ ACONTECER ESTE ANO, COMO ANUNCIADO
correspondendo a cerca de 470 mil alojamentos e edifícios relativos a indústria, comércio ou instalações agrícolas”, lê-se em comunicado revelado ontem.
O regulador liderado por João Cadete de Matos sublinha que “esta é a segunda consulta pública lançada sobre a identificação das ‘áreas brancas’”, por solicitação do Governo e no âmbito
das suas atribuições de coadjuvação, tendo a primeira sido lançada “em janeiro”. Os interessados podem enviar os seus contributos até 12 de dezembro de 2022 e toda a informação sobre as zonas afetadas pode ser consultada no site da Anacom, através de um mapa interativo.
Com esta nova consulta, o concurso para a instalação, gestão, exploração e manutenção destas redes de alta velocidade nas zonas sem cobertura, de forma a assegurar rede em todo o território nacional e a todos os agregados familiares até 2030, não deverá acontecer este ano,
conforme foi assegurado pelo Ministério das Infraestruturas.
O montante máximo de financiamento público para esta operação (fundos nacionais e europeus) é de 160,1 milhões de euros. A maior fatia, 52 816 740 euros, vai para o Alentejo, uma das regiões mais afetadas.n