Dois anos de uma Justiça cega, surda e muda

Tony Carreira segue imparável em concertos de norte a sul do país. Já durante o verão, o cantor romântico encheu salas com as suas músicas de sempre. Tony prepara também o cruzeiro pelo Mediterrâneo em abril do próximo ano onde vai celebrar os 35 anos de canções. E é desta forma que Tony tenta seguir em frente depois da vida lhe pregar a pior das rasteiras em dezembro de 2020 - a morte da sua querida filha Sara. Há uma semana, o cantor esteve no cemitério dos Prazeres, em Lisboa, bem cedo, para visitar a campa da filha, que faria 23 anos se fosse viva. A morte de Sara foi uma tragédia, um pesadelo para toda a família. Os dias passam e não tarda faz dois anos que Sara Carreira morreu num grave acidente de viação. E a Justiça lá

A JUSTIÇA ANDA DEVAGAR, ENTRE DOCUMENTOS MAL REDIGIDOS E CRIMES MAL ENQUADRADOS

anda devagar, bem devagarinho, entre documentos mal redigidos e crimes mal enquadrados. Num processo onde havia arguidos, nomeadamente o namorado da cantora, agora o processo volta a ter folhas em branco. O julgamento é ainda uma miragem. Coitado de quem espera - neste caso, Tony Carreira, a ex-mulher e os filhos. Mas quantas outras famílias vivem na mesmíssima situação? Já ninguém vai trazer a Sara de volta. É certo. Mas não têm estes e outros pais direito a fechar capítulos na sua vida? Fala-se tanto nos jornais e nas televisões no luto e na importância de se fazer o luto mas parece que ninguém ouve. Quando olhamos para o símbolo da Justiça lá está a senhora de vendas nos olhos. Parece que ultimamente também anda surda-muda.