Cadeia para rede que traficava `coca' em feijão
SENTENÇA Cinco condenados a penas efetivas entre os 10 anos e os 5 anos e 6 meses de prisão ª Esconderam a cocaína em sacos de feijão e na estrutura de paletes de madeira, que chegaram em contentores
u Cinco traficantes foram condenados a penas de prisão efetiva, entre os dez anos e os cinco anos e seis meses de cadeia, por terem importado do Brasil, em contentores marítimos, 103 quilos de cocaína - primeiro em sacas de feijão e depois na estrutura de paletes de madeira - avaliada em 2,5 milhões de euros, que esconderam num armazém em Vialonga, Vila Franca de Xira. A decisão foi do Tribunal de Loures, que agora julgou a rede travada pela PJ em setembro de 2021.
Segundo o acórdão, a que o CM teve acesso, dois sócios-gerentes de uma empresa (importação de bananas), o seu diretor de operações (que era chefe de escuteiros) e uma comercial, que operavam num complexo industrial em Vialonga, começaram a importar cocaína da América do Sul. Primeiro, 54 quilos em nove paletes de madeira que, em julho de 2021, chegaram num contentor ao Porto de Setúbal e foram levadas para o armazém. A única mulher (e única portuguesa) do grupo alugou uma carrinha para levar a droga para Espanha. Ainda fizeram manobras para tentar detetar polícia, mas a droga foi apanhada na A1, em Santarém. Um deles, num outro carro, ainda fugiu a 160 km/h até Torres Vedras.
Os elementos da rede ainda em liberdade continuaram com o tráfico: 49 quilos de cocaína numa carga de feijão-preto colocada num contentor no Porto de Santos (Brasil), que chegou a Sines em agosto de 2021. O contentor foi levado de camião para o mesmo armazém. A operação foi surpreendida pela PJ, que apanhou diversos elementos incriminatórios nas casas e telefones dos arguidos (nenhum tinha cadastro), incluindo uma reportagem: “Os métodos mais incríveis usados no tráfico de droga.”
MAIS DE CEM QUILOS DE DROGA APANHADOS PELA JUDICIÁRIA VALIAM 2,5 MILHÕES DE EUROS