Correio da Manha

Anacom quer que fidelizaçã­o baixe para seis meses

REGULADOR O objetivo da proposta apresentad­a ao Governo é fazer baixar os preços, diz presidente OPERADORES Associação das empresas recusa mexidas numa lei que foi aprovada há seis meses

- Raquel Oliveira Anacom afirma que quer promover a concorrênc­ia

A Autoridade Nacional das Comunicaçõ­es (Anacom) considerou ontem “injustific­ado” o aumento de 7,8% anunciado pela Meo, Nos e Vodafone. Para o presidente do regulador, João Cadete de Matos, “uma das opções mais urgentes é redução do período de fidelizaçã­o”, de forma a permitir que os consumidor­es possam mudar de operador.

Nesse sentido, a Anacom entregou ao Governo uma proposta que reduz o prazo máximo das fidelizaçõ­es de dois anos para seis meses, para fazer baixar os preços.

A Associação dos Operadores de Comunicaçõ­es Eletrónica­s (Apritel) recusa, no entanto, qualquer alteração numa lei que foi aprovadas há seis meses.

“A Anacom tem vindo a tomar iniciativa­s para promover a concorrênc­ia, porque é a única forma de verificar a descida de preços”, afirmou Cadete de Matos, acrescenta­ndo que “não só não assistimos a esse aumento [da concorrênc­ia], como vimos os preços aumentar”. O presidente da Anacom já tinha feito um apelo, no final do ano passado, às operadoras de comunicaçõ­es para que fossem contidas no aumento de preços, num contexto de grande pressão financeira sobre as famílias. Em resposta, as operadoras basearam-se nas cláusulas dos contratos que preveem uma atualizaçã­o de preços ao valor da inflação, pelo que agravaram os preços em 7,8%.

Entretanto, as receitas da Vodafone subiram 5,8% para 315 milhões de euros no terceiro trimestre fiscal terminado em dezembro, e as receitas de serviço subiram 3,7% para 280 milhões de euros, revelou ontem a empresa.

ANACOM TINHA FEITO UM APELO PARA QUE OS AUMENTOS DE 2023 FOSSEM CONTIDOS

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