Parlamento avança com comissão de inquérito à TAP
INQUÉRITO PS vota a favor da proposta do Bloco de Esquerda, mas contra a do Chega ª OBJETIVOS Bloco quer “romper com o vício da negação e do esquecimento e trazer transparência à gestão da TAP”
u O PS vai presidir à comissão parlamentar de inquérito à TAP, proposta pelo BE. A comissão vai investigar a “gestão da TAP e a utilização dos fundos públicos que lhe foram atribuídos, nomeadamente o pagamento de bónus e indemnizações aos titulares de cargos de gestão e administração da empresa”, foi ontem anunciado pela conferência de líderes da Assembleia da República. Durante o debate, Mariana Mortágua disse que os objetivos do BE são “romper com o vício da negação e do esquecimento, trazer transparência à gestão da TAP, apurar responsabilidades e reverter decisões que ofendem os trabalhadores e lesam o interesse público”. O PCP queria que a comissão recuasse até à privatização feita pelo Governo de Passos Coelho em 2015, mas a deputada do BE entendeu que uma comissão de inquérito que seja sobre tudo acaba por ser “sobre nada”. E o líder do Chega declarou que transformar o inquérito à TAP numa comissão política é não investigar nada. No entanto, Ventura defendeu um inquérito mais alargado, que incluísse os 3,2 mil milhões de euros dos contribuintes para a TAP, a que chamou de o “novo Novo Banco”. Mas, para Ventura, a prioridade é “não deixarmos passar em branco o papel de Fernando Medina”.
O PSD acusou o Governo de não ser claro nas questões da TAP. “Enganam e escondem a verdade”, disse Paulo Rios de Oliveira. “Somos obrigados a recorrer a uma comissão de inquérito” porque “tudo é opaco” na TAP, acrescentou o deputado social-democrata.
PSD ACUSA GOVERNO DE NÃO SER CLARO SOBRE A TAP. “ENGANAM E ESCONDEM A VERDADE”