Correio da Manha

Ministério cede mas não trava protestos

NOVO Governo retira exigência de horário completo para vincular e promete 11 mil no quadro este ano ª REAÇÃO Sindicatos admitem avanços mas, sem proposta para tempo de serviço, contestaçã­o continua

- Bernardo Esteves

u O Ministério da Educação (ME) cedeu ontem em várias matérias nas negociaçõe­s com os professore­s, mas voltou a não apresentar propostas para recuperar o tempo de serviço, tendo os sindicatos garantido que vão prosseguir as greves e protestos. “O ME está a disparar ao lado do que é essencial”, afirmou André Pestana, do Sindicato de Todos os Profission­ais de Educação (STOP), apelando ao prosseguim­ento da luta dos docentes. Também Mário Nogueira, da Fenprof, garantiu que a greve distrital continua e apelou à participaç­ão na manifestaç­ão de dia 11, apesar de ter admitido alguns avanços. O mais importante foi o ME ter deixado cair a obrigação de ter horário completo este ano letivo para vincular com 1095 dias de serviço. Segundo Nogueira, a proposta obriga agora a ter 180 dias de serviço em cada um dos dois anos letivos anteriores à vinculação. “É mais favorável”, admitiu o dirigente, que ainda assim promete “estudar” a situação para verificar eventuais ultrapassa­gens. Segundo o secretário de Estado da Educação, António Leite, vão ser vinculados quase 11 mil professore­s em setembro. O ME também aceitou descer de 12 para 8 o número máximo de horas em que é considerad­a insuficiên­cia letiva. Foi também reduzido de seis para três o número de quadros de zona pedagógica a que o docente com insuficiên­cia letiva tem de concorrer para vincular. Nogueira também aprovou a retirada da contrataçã­o de docentes para projetos e frisou que a “graduação profission­al” passa a ser o “único critério de colocação”. Já os conselhos locais de diretores são “o ponto de discórdia mais profundo”, garante o dirigente da Fenprof, que falou em nome de nove sindicatos.

CONSELHOS LOCAIS DE DIRETORES SÃO O “PONTO DE DISCÓRDIA MAIS PROFUNDO”

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Reunião entre Ministério da Educação e sindicatos demorou cerca de seis horas

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