Correio da Manha

Serviços mínimos nas escolas continuam na próxima semana

- Bernardo Esteves

O Colégio Arbitral que tinha decretado os serviços mínimos na greve do STOP até amanhã decidiu que a medida vai continuar na próxima semana, dias 6 e 7, mantendo-se as exigências já em vigor, como a garantia de refeições e de abertura de portas, bem como apoio a alunos com necessidad­es educativas especiais. As escolas têm também de garantir que a permanênci­a dos alunos nos recreios decorre em condições de segurança. O Colégio Arbitral voltou a rejeitar a proposta do Ministério da Educação sobre a obrigação de “prestação de três horas educativas” para as crianças do pré-escolar e 1.º Ciclo e de “três tempos letivos diários” para os restantes alunos.

Entretanto, há diretores escolares que “estão a querer impor serviços mínimos a reuniões sindicais”, garantiu ontem a Federação Nacional dos Professore­s (Fenprof), que vai “apresentar queixa no Ministério Público”. O secretário-geral da Fenprof deu como exemplo um caso ocorrido na Escola Afonso III, em Faro, acrescenta­ndo haver “outros exemplos de colegas chamados para fazer serviços mínimos”.

Desde quarta-feira que estão a ser aplicados serviços mínimos na greve do Sindicato de Todos os Profission­ais de Educação (STOP), depois de um Colégio Arbitral ter decidido nesse sentido. Há também uma greve por distritos em curso convocada pela plataforma de nove sindicatos, integrada pela Fenprof. Mário Nogueira aconselha os docentes que estão a fazer estas greves a pedir escusa caso sejam chamados para cumprir serviços mínimos, mas a “não desobedece­r à ordem” caso sejam convocados. “Devem aceitar com protesto”, concluiu.

FENPROF FAZ QUEIXA NO MINISTÉRIO PÚBLICO POR CONVOCATÓR­IA ILEGAL DE PROFESSORE­S

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Professore­s protestara­m ontem enquanto decorriam negociaçõe­s no Ministério da Educação

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