SÃO JOÃO DE SCHMIDT COM A BÊNÇÃO DE JESUS
JOGADA Uma das primeiras decisões do técnico no Benfica foi desviar João Mário para médio interior, posição em que acredita que o jogador rende mais depois de o ter visto a jogar em 2016 quando defrontou o Sporting
O recente arraial de golos de João Mário, uma espécie de São João antecipado na Luz, é o resultado de uma decisão estratégica tomada por Roger Schmidt logo no início da época, inspirado no Sporting de 2015/16, que era treinado por Jorge Jesus. A veia goleadora do médio tem sido decisiva para fazer esquecer a saída de Enzo Fernández: o português marcou quatro dos seis golos nas duas últimas vitórias das águias para a Liga, já sem o influente médio argentino.
Schmidt cruzou-se pela primeira vez com João Mário em fevereiro de 2016. O técnico estava no Leverkusen e o médio no Sporting, onde jogava como médio interior sob as ordens de Jorge Jesus - os leões eliminaram os alemães nos 16 avos de final da Liga Europa.
Já no Benfica, em 2021/22, o treinador português colocou João Mário a jogar no centro do terreno, num 3x4x3. A meio dessa temporada, quando substituiu Jesus, Nélson Veríssimo mudou o esquema para 4x4x2 e João Mário continuou `preso' à zona central do meio-campo, além de que foi perdendo espaço: só jogou 352 minutos desde março até ao fim dessa época, com quatro golos em 45 jogos. Esta temporada já leva 16 remates certeiros em 32 partidas: média de um golo a cada dois jogos.
Mal chegou ao Benfica, uma das primeiras decisões de Schmidt foi desviar João Mário para médio interior, sabe o CM. O alemão, recordado das exibições pelo Sporting mas também pela seleção nacional campeã europeia em 2016, entende que o agora pupilo rende mais a jogar a partir de uma faixa, tendo maior liberdade de movimentos e menores responsabilidades defensivas.
JOÃO MÁRIO LEVA 16 GOLOS EM 32 JOGOS (MÉDIA DE UM GOLO A CADA DUAS PARTIDAS)