Correio da Manha

Sismos fazem milhares de mortos

DESTRUIÇÃO Abalos de 7.8 e 7.7 derrubaram edifícios e causaram enorme devastação nos dois países ª VÍTIMAS Balanço provisório é de 3500 mortos e mais de cinco mil feridos, mas irá certamente subir

- Ricardo Ramos

u Dois fortes sismos no espaço de poucas horas semearam ontem a morte e a destruição numa vasta área do Sul da Turquia e do Noroeste da Síria, derrubando prédios como castelos de cartas e deixando milhares de pessoas presas debaixo dos escombros. O balanço provisório é de pelo menos 3500 mortos e mais de cinco mil feridos, mas irá certamente subir.

O primeiro sismo, de 7.8 graus na escala de Richter, ocorreu durante a madrugada e teve o seu epicentro nos arredores da cidade turca de Gaziantep, a uma profundida­de de 17,9 quilómetro­s. Durou mais de um minuto e provocou o colapso de milhares de edifícios. Muitas pessoas estavam a dormir e não tiveram qualquer hipótese de escapar, tendo ficado soterradas nos escombros. O abalo atingiu ainda com grande violência o Noroeste da Síria, região já duramente devastada pela guerra civil que dura há mais de uma década. Há registo de danos avultados e centenas de vítimas em Aleppo, Latakia, Hama e Tartus.

Horas após o primeiro sismo, e numa altura em que as equipas de resgate tentavam desesperad­amente encontrar sobreviven­tes, um segundo abalo de 7.7 sacudiu a mesma região, desta vez com epicentro na região de Elbistan, na vizinha província de Kahramanma­ras, provocando o colapso de centenas de edifícios que tinham sido danificado­s pelo primeiro sismo. Os sismólogos indicaram que se tratou de um segundo sismo numa falha tectónica diferente, e não de uma réplica do primeiro abalo.

As autoridade­s turcas avisaram que o número de vítimas vai segurament­e aumentar, já que este foi o pior sismo registado no país em quase um século. A chuva e a neve estão a complicar os trabalhos de resgate e o frio intenso reduz significat­ivamente as possibilid­ades de sobrevivên­cia das pessoas ainda presas nos escombros.

FRIO REDUZ HIPÓTESES DE SOBREVIVÊN­CIA DAS PESSOAS PRESAS NOS ESCOMBROS

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Equipas de resgate lutam contra o tempo para encontrar sobreviven­tes entre os escombros dos edifícios derrubados

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