Chuvas torrenciais matam dezenas na região de S. Paulo
Autoridades confirmaram 36 vítimas mortais, mas há muitas pessoas que estão dadas como desaparecidas Mais de mil perderam as casas ou foram forçados a fugir
u Chuvas torrenciais que desde o sábado fustigam o estado brasileiro de São Paulo causaram inundações e deslizamentos de terras que mataram já pelo menos 36 pessoas, deixando dezenas de outras desaparecidas. Receia-se que o número de mortos aumente muito, até porque as previsões apontam para a continuação do mau tempo.
Em São Sebastião, onde foram confirmados 35 dos 36 mortos, as ruas são mares de lama pontuados por galhos de árvores arrastadas nos deslizamentos de terras. Várias estradas ficaram bloqueadas e há muitas áreas isoladas pelas inundações.
Em Ubatuba, 80 km a nordeste de São Sebastião, uma menina de sete anos morreu esmagada quando um pedregulho com cerca de duas toneladas destruiu a casa dos pais. Cerca de 50 casas ruíram e foram arrastadas pelas águas, que atingiram 627 mm em 24 horas, o dobro da precipitação habidesalojadas tual num mês. No porto de Santos, o maior da América Latina, ventos com rajadas fortes e ondas de grande envergadura forçaram a interrupção de todas as operações no sábado.
De acordo com o governador estadual, Tarcísio de Freitas, há pelo menos 40 pessoas desaparecidas, 970 e 747 sem abrigo. O governador anunciou que foram já disponibilizados 1,3 milhões de euros para o apoio às vítimas. Foi ainda declarado um estado de calamidade de 180 dias para seis cidades devido à previsão da continuação de chuvas intensas nas regiões costeiras.
O Presidente Lula da
Silva, que passava o
Carnaval na Bahia, interrompeu as férias e sobrevoou ontem a região afetada, tendo discutido medidas de socorro às populações.
LULA INTERROMPEU FÉRIAS DE CARNAVAL PARA VISITAR ÁREAS AFETADAS PELAS CHEIAS