Correio da Manha

Professore­s recusam ser obr a dar aulas em escolas afast Igados adas

REUNIÃO Ministério da Educação e sindicados avançam amanhã para a 6.ª ronda negocial. Professore­s querem tempo de serviço descongela­do e recusam proposta de conselhos de diretores ª GREVES Paralisaçõ­es amanhã e sexta e pré-aviso a 2 e 3 de março

- NEGOCIAÇÕE­S João Saramago

Os sindicatos de professore­s avançam, amanhã, para a 6.ª ronda negocial com o Ministério da Educação sobre o novo regime de recrutamen­to e colocação de professore­s, com dois pontos classifica­dos como `linhas vermelhas'. Recusam a proposta de criação de equipas de diretores - Conselhos de Quadro de Zona Pedagógica e defendem o descongela­mento do tempo de serviço. Quanto aos conselhos, é referida “a impossibil­idade de os diretores poderem colocar professore­s do quadro de uma escola a trabalhar em duas escolas do mesmo Quadro de Zona Pedagógica”, segundo explicou o secretário-geral da Federação Nacional da Educação, João Dias da Silva. A medida é rejeitada mesmo sendo aplicada só aos professore­s do quadro com menos de oito horas letivas no horário. Os sindicatos recusam também que estes diretores possam distribuir o serviço tendo poderes para colocar professore­s a dar aulas em dois agrupament­os quando se tratem de contratado­s. “Esta é uma decisão que cabe ao professor contratado tomar”, disse João Dias da Silva. Os professore­s dizem também não desistir da contagem dos cerca de seis anos e meio de serviço congelado aos docentes do quadro. Os professore­s sublinham que tanto nos Açores como na Madeira esse tempo foi já devolvido. Enquanto o ministro da Educação, João Costa, não avançar com uma proposta de calendariz­ação para debater o assunto, os professore­s vão continuar em protesto, participan­do em manifestaç­ões e greves.

Amanhã e sexta-feira, decorrem mais dois dias de greve por tempo indetermin­ado decretada pelo Sindicato de Todos os Profission­ais de Educação (STOP), com a convocação de serviços mínimos por decisão do Tribunal Arbitral. O Ministério da Educação decidiu também convocar serviços mínimos para as duas greves regionais. A 2 de março, a paralisaçã­o tem incidência nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança,

Coimbra, Guarda, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu. No dia seguinte, a greve, convocada por uma plataforma de estruturas sindicais, vai decorrer nos distritos de Beja, Castelo Branco, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal. Sábado, os professore­s voltam à rua em Lisboa. A Federação Nacional dos Professore­s (Fenprof) participa na marcha do `Movimento Vida Justa'. Já o STOP manifesta-se entre o Palácio da Justiça e a residência oficial do primeiro-ministro, António Costa.

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regressam aos protestos de rua no próximo sábado
Professore­s regressam aos protestos de rua no próximo sábado

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