EX-DIRETOR DO BENFICA CONDENADO POR CORRUPÇÃO
SENTENÇA Paulo Gonçalves condenado a dois anos e meio de prisão suspensa por ter aliciado o funcionário judicial José Augusto Silva (cinco anos de prisão suspensa) ª INFORMAÇÃO Antigo assessor jurídico no consulado de Luís Filipe Vieira teve acesso ilegal
A oferta de bilhetes para jogos na Luz e noutros estádios a um funcionário judicial que, em troca, forneceu informações em segredo de justiça de vários processos em investigação levou à condenação de Paulo Gonçalves por corrupção ativa. O ex-assessor jurídico do Benfica, que era equiparado “a um diretor de primeira linha”, foi punido a dois anos e meio de prisão, com pena suspensa por igual período. Já José Augusto Silva, o funcionário judicial que atuou como toupeira, foi condenado a cinco anos de prisão, igualmente suspensa, devido a vários crimes (ver Pormenores), entre eles corrupção passiva.
As três juízas consideraram que “Paulo Gonçalves agiu com consciência da ilicitude da sua conduta”, porque “bem sabia que ao criar condições para que o arguido José Augusto Silva pudesse assistir aos jogos de Benfica que pretendesse, numa bancada à qual por si só não tinha acesso, com outro tipo de benefícios associados, que o arguido
José Augusto também não teria não fora esta relação, o deixava permeável a qualquer pedido que lhe fizesse e particularmente que pudesse ser entendido como algo benéfico para o clube do qual era um adepto fanático”.
Mais, é dado como provado que as centenas de acessos de Augusto Silva visavam dar a Paulo Gonçalves “conhecimento dos factos, utilizar a informação contra outros clubes rivais ou em benefício do Benfica”. Ainda assim, em nenhum momento do processo ficou demonstrado que a administração encarnada ou o seu presidente na altura, Luís Filipe Vieira, tenham tido participação ativa no esquema montado.
Júlio Loureiro, o outro funcionário judicial que era acusado de corrupção passiva, foi ilibado.