Julia foi abusada pelo pai de `serial killer'
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Imagem u Julia Wandelt diz que foi violada pelo pai do homem que foi investigado por raptar Madeleine McCann, a menina inglesa desaparecida em 2007 no Algarve. A jovem polaca, que acredita ser Maddie, recorda que aos 8, 9 anos era atacada sexualmente por Peter Ney que vivia com a sua avó materna. Os abusos aconteciam na casa e eram cometidos pelo alemão. “Fui abusada em criança. Só mais tarde percebi que ele era o pai de Martin Ney, que foi investigado por raptar Maddie e que está a cumprir prisão perpétua por ter matado três crianças.” Para a jovem polaca a relação familiar é comprovada quer pelo nome, quer pela fisionomia. “Quando vi o retrato-robô achei que podia ser Peter. Já o conheci mais velho, só recentemente soube que tinha um filho e que este estava na Praia da Luz quando Maddie desapareceu.”
Em exclusivo ao CM, Julia conta que confrontou a avó, mas que ninguém lhe quis dar ouvidos e a familiar chegou mesmo a apresentar versões diferentes. “Primeiro, disse que não conhecia o caso Maddie. Mais tarde, já sabia de tudo. Ela não me quer contar a verdade.”
Para Julia a coincidência de na sua vida ter passado alguém que esteve ligado ao caso de Madeleine não deixa dúvidas de que há possibilidade de ela ser a menina inglesa. “São muitas coincidências. E há ainda as duas marcas que tenho numa perna e o sinal do olho idêntico ao de Maddie. Há quem garanta que sou muito parecida com Gerry, o que levanta a possibilidade de ser a sua filha.” A polícia polaca já está no terreno. Ao CM, as autoridades confirmaram as diligências que poderão ser feitas em simultâneo com o teste de ADN que pode ser pedido pelos McCann. Aí, os perfis genéticos dos familiares e de Julia teriam de ser comparados, para se perceber se há possibilidade de ser Maddie.
Nesse cenário, o processo de rapto não poderia ser reaberto em Portugal. O caso já prescreveu e só pode ser investigado Cristian
Brueckner porque foi constituído arguido precisamente antes da prescrição.