Relatório arrasa Banco Português de Fomento
AVALIAÇÃO Comissão de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência identifica dois investimentos em estado “crítico” ª RECOMENDAÇÃO Governo chamado para acelerar os processos
Maria Celeste Hagatong com Costa Silva no dia em que foi empossada presidente do Banco de Fomento
A Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (CNA-PRR) identificou dois programas apoiados por estes fundos comunitários que estão em estado “crítico” - um deles envolve a aplicação dos fundos de capitalização de empresas mobilizados pelo Banco Português de Fomento (BPF), e que, por isso, “carecem de intervenção de fundo por parte da tutela”.
No relatório anual do PRR relativo a 2022, os responsáveis elogiam a abertura demonstrada pela nova administração do BPF, liderada desde novembro, por Celeste Hagatong, mas referem os atrasos em várias vertentes, nomeadamente “na avaliação de candidaturas”, no “lançamento de novas medidas de apoio” e no volume de “pagamentos efetuado”. O presidente da CNA, Pedro Dominguinhos, adiantou que, “no caso dos roteiros da descarbonização (uma matéria muito cara ao ministra da Economia, Costa Silva), os atrasos chegaram a ultrapassar os 300 dias”. Um dos investimentos que não chegou a ser concretizado, ao abrigo do Fundo de Capitalização e Resiliência, foi o pedido de 40 milhões de euros ao BPF para apoio à capitalização da Mystic Cruises, empresa de Mário Ferreira, patrão da TVI. O empresário acabou por desistir do empréstimo.
Outro investimento do PRR que recebe o selo de estado “crítico” é o das obras do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures, “atendendo ao aumento do percurso, à necessidade de encontrar financiamento (...) e inexistência até ao momento da declaração de impacto ambiental”.
ROTEIROS DA DESCARBONIZAÇÃO JÁ VÃO EM 300 DIAS DE ATRASO, DIZ A CNA