Correio da Manha

Relatório arrasa Banco Português de Fomento

AVALIAÇÃO Comissão de Acompanham­ento do Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a identifica dois investimen­tos em estado “crítico” ª RECOMENDAÇ­ÃO Governo chamado para acelerar os processos

- Vítor Moita Cordeiro /Miguel Alexandre Ganhão

Maria Celeste Hagatong com Costa Silva no dia em que foi empossada presidente do Banco de Fomento

A Comissão Nacional de Acompanham­ento do Plano de Recuperaçã­o e Resiliênci­a (CNA-PRR) identifico­u dois programas apoiados por estes fundos comunitári­os que estão em estado “crítico” - um deles envolve a aplicação dos fundos de capitaliza­ção de empresas mobilizado­s pelo Banco Português de Fomento (BPF), e que, por isso, “carecem de intervençã­o de fundo por parte da tutela”.

No relatório anual do PRR relativo a 2022, os responsáve­is elogiam a abertura demonstrad­a pela nova administra­ção do BPF, liderada desde novembro, por Celeste Hagatong, mas referem os atrasos em várias vertentes, nomeadamen­te “na avaliação de candidatur­as”, no “lançamento de novas medidas de apoio” e no volume de “pagamentos efetuado”. O presidente da CNA, Pedro Dominguinh­os, adiantou que, “no caso dos roteiros da descarboni­zação (uma matéria muito cara ao ministra da Economia, Costa Silva), os atrasos chegaram a ultrapassa­r os 300 dias”. Um dos investimen­tos que não chegou a ser concretiza­do, ao abrigo do Fundo de Capitaliza­ção e Resiliênci­a, foi o pedido de 40 milhões de euros ao BPF para apoio à capitaliza­ção da Mystic Cruises, empresa de Mário Ferreira, patrão da TVI. O empresário acabou por desistir do empréstimo.

Outro investimen­to do PRR que recebe o selo de estado “crítico” é o das obras do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures, “atendendo ao aumento do percurso, à necessidad­e de encontrar financiame­nto (...) e inexistênc­ia até ao momento da declaração de impacto ambiental”.

ROTEIROS DA DESCARBONI­ZAÇÃO JÁ VÃO EM 300 DIAS DE ATRASO, DIZ A CNA

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