TAP investigada pelos deputados
INQUÉRITO Comissão parlamentar sobre gestão da TAP tomou posse ontem ª SONDAGEM Maioria contesta prémio de dois milhões para presidente da TAP
u A comissão parlamentar de inquérito à gestão da TAP, que tomou posse ontem na Assembleia da República, tem três meses para apresentar um relatório. O inquérito foi decidido depois da polémica indemnização à ex-administradora, Alexandra Reis, cujo valor foi divulgado pelo CM e conduziu à sua demissão de secretária de Estado do Tesouro, seguida das saídas do secretário de Estado e do ministro das Infraestruturas.
Embora a maioria dos inquiridos da sondagem da Intercampus para o CM/CMTV pense que a saída de Pedro Nuno Santos foi positiva para o Governo, são quase tantos os que dizem `sim' (41,7%) como os que dizem `não' (34,9%), e, mais significativo, 23,4% não conseguiram responder, revelando que não têm uma opinião sobre o assunto. Já sobre a presidente da TAP receber um prémio de 2 milhões de euros se cumprir o plano de reestruturação
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO À TAP VAI DURAR TRÊS MESES
da empresa, a esmagadora maioria (80,1%) dos inquiridos não tem dúvida em responder que acha mal. E 64,1% atribuem a culpa da situação ao Governo, quase tantos quanto os que acham que a administração da TAP devia ser demitida (65,9%). Por outro lado, a maioria já abandonou a ideia da TAP pública e 57,3% é favorável à privatização, embora 51,8% defenda que o Estado fique com uma participação. A maioria (54,5%) defende que se deixe falir a TAP, se não se conseguir vender a empresa. Mas a presidente da TAP, Christine Widener, disse em Nova Iorque, onde foi apresentar ao mercado o programa `Portugal Stopover', que está confiante de que a privatização “garantirá todos os interesses do País”. Mas para o Presidente Marcelo põe-se agora “a questão de saber quando e em que termos é possível ou não haver a associação da TAP com outra companhia ou grupo aéreo”.