Morreu meia hora após sair de casa
u Foi ontem desfeito o mistério em redor do desaparecimento do taxista Luís Esteves, de 49 anos. Depois de assumir a investigação, a Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa conseguiu, com o apoio de uma operadora móvel, circunscrever à Doca do Bom Sucesso, em Belém, Lisboa, a área onde o sinal do telemóvel do taxista foi encontrado, logo a 17 de fevereiro, 24 horas após o desaparecimento. Com a ajuda das câmaras de videovigilância da Administração do Porto de Lisboa, os investigadores viram o Audi A3 do taxista, com o homem ao volante, a entrar no rio Tejo pelas 04h00 do mesmo dia, apenas meia hora depois de ter saído de casa para ir trabalhar.
O carro de Luís Esteves, que entrou no rio através de uma rampa da Doca do Bom Sucesso, ficou submerso durante uma semana. Nesse período, a PSP e a família, por meios próprios, realizaram buscas na zona de Sintra e até em Lisboa. Só quando a PJ começou a investigar, através de uma brigada de inspetores especializada em desaparecidos, é que o inquérito avançou. Na quinta-feira à noite, segundo disse ao CM o comandante do Porto de Lisboa, Rocha Pacheco, a PJ fez um pedido à Polícia Marítima para a realização de buscas na Doca do Bom Sucesso. A viatura de Luís Esteves viria a ser encontrada a meio da manhã de ontem. Mergulhadores retiraram o cadáver em decomposição e só depois foi retirado o carro. A autópsia irá determinar as reais causas da morte.
BUSCAS
Câmaras do Porto de Lisboa mostraram Audi A3 de Luís Esteves a entrar de carro no Tejo, meia hora após sair de casa, a 16 de fevereiro ª PISTA Sinal do telemóvel levou a Polícia Judiciária ao carro e ao corpo do taxista