Ex-amante de Rosa tenta reabrir caso
CONDENAÇÃO António Joaquim insiste que está na cadeia por um crime que não cometeu ª SUPREMO Defesa alega que há factos novos - como a confissão da viúva - que justificam a repetição do julgamento
u A sentença já transitou em julgado, mas a defesa de António Joaquim quer que o Supremo mande repetir o julgamento. António Joaquim já está a cumprir a pena de 25 anos de prisão pelo homicídio do triatleta Luís Grilo, mas insiste que está inocente. Está atrás das grades - no Estabelecimento Prisional de Alcoentre - há 590 dias.
A defesa do ex-amante de Rosa Grilo, sabe o CM, vai avançar com um recurso extraordinário de revisão da decisão. Sustenta que há factos novos e meios de prova que lançam dúvidas sobre a justiça da condenação. A alegada confissão de Rosa Grilo é um dos argumentos. A viúva de Luís Grilo - também condenada à pena máxima de prisão - nunca confessou o crime em tribunal, mas terá revelado pela primeira vez a autoria do homicídio ao ex-consultor forense João de Sousa. A conversa telefónica, que terá sido gravada em maio de 2021, foi publicada na Internet. “Fui eu que matei o Luís. (...) Utilizei a pistola do
António”, terá dito Rosa, a partir da cadeia de Tires. Em causa está também a quebra da cadeia de custódia da prova, que já tinha sido levantada durante o julgamento. A defesa apoia-se no processo das alegadas provas plantadas na casa onde Luís foi assassinado. Os arguidos - Tânia Reis e João de Sousa - defendem que terá sido Rosa a manipular o cenário do crime. Alegam que o tiro na banheira já lá estava desde 2018. Por último, o advogado vai usar o chumbo da chamada lei dos metadados, alegando que serviu de fundamento à condenação.
Se tiver dúvidas, o Supremo pode realizar diligências e até mandar repetir o julgamento.
ADVOGADO DE ANTÓNIO JOAQUIM VAI USAR O CHUMBO DA CHAMADA LEI DOS METADADOS