DOCUMENTO ESCONDIDO EM LIVRO TRAMA PAULO GONÇALVES
Foi apreendido no escritório do ex-assessor jurídico do Benfica a capa do inquérito conhecido por `Emails' ª INDÍCIO Juízas consideram que é prova de que Gonçalves corrompeu um funcionário judicial
u A 19 de outubro de 2017, durante buscas feitas pela Polícia Judiciária no Estádio da Luz, “no escritório do arguido Paulo Gonçalves foram localizados e apreendidos um conjunto de documentos que se percebe terem sido extraídos da plataforma Citius, os quais estavam no interior de um livro”. Na sentença do processo `E-Toupeira', o coletivo de juízes salienta a importância desta descoberta para a condenação do ex-assessor jurídico do Benfica a uma pena suspensa de dois anos e meio de prisão por corrupção ativa.
Paulo Gonçalves tinha em sua posse a capa e algumas folhas com os dados apurados até 14 de junho de 2017 do inquérito dos `Emails' (instaurado dia 8 desse mês), em que se investigava a SAD encarnada após a denúncia de um “esquema de corrupção na arbitragem para beneficiar o Benfica”. As três juízas falam num “pressuposto que poderá ser valorado ao nível da prova indiciária” de que o funcionário judicial José Augusto Silva (condenado a cinco anos de prisão suspensa por corrupção passiva, entre outros crimes) entregava a Paulo Fernandes informação sobre processos judiciais à qual acedeu de forma ilícita.
Essas consultas sobre casos com “real impacto no Benfica”, conclui-se na sentença, foram feitas a pedido do ex-diretor encarnado, que cultivou os favores de José Augusto Silva com a oferta de bilhetes para jogos do Benfica no Estádio da Luz, com direito a acesso a um lounge com comida e bebida e lugar no parque de estacionamento.
ANTIGO DIRETOR FOI CONDENADO A PENA SUSPENSA DE DOIS ANOS E MEIO DE PRISÃO