Irmão de `Xuxa' ataca investigação da Judiciária
Dércio, arguido no processo do irmão Rúben Oliveira, quer a PJ em tribunal a explicar a investigação ª CONTESTAÇÃO Inquérito “começou de troca de informações com norte-americanos”
u Dércio Oliveira, irmão mais novo de `Xuxa', alcunha de Ruben Oliveira – considerado pela Polícia Judiciária (PJ) como o maior traficante de droga português –, apresentou uma contestação ao coletivo de juízes já escolhido para julgar o processo no qual os dois irmãos e outros 17 arguidos (entre os quais duas empresas) são acusados de tráfico de cocaína, branqueamento e associação criminosa, entre outros crimes. O julgamento ainda não tem data de início.
Na contestação, a que o CM teve acesso, enviada à juíza Filipa Araújo (titular do
“HOUVE EMBUSTE PROVOCADO PELA PJ E NORTE-AMERICANOS”, DIZ DEFESA DE DÉRCIO
processo), a defesa de Dércio Oliveira reafirma a inocência do arguido, pronunciado por tráfico agravado, associação criminosa com vista ao tráfico e branqueamento. O homem aguarda julgamento em prisão preventiva na cadeia de Monsanto, onde também está
`Xuxa'. A contestação afirma que a investigação começou com uma troca de informação entre a DEA (agência de combate ao tráfico norte-americana) e a PJ. Por isso, prossegue o advogado Lopes Guerreiro (que representa Dércio Oliveira), “o acusador procura,
com a prisão ilegal do arguido, proteger a identidade do(s) funcionário(s) da Polícia Judiciária que instigaram ou pactuaram com este(s) episódio(s) de alegado tráfico de cocaína da América do Sul”. “Inexistem dúvidas que houve um embuste provocado
pela Polícia Judiciária e congénere americana”, menciona o documento. Por isso, e ainda antes do início do julgamento, a defesa do irmão de `Xuxa' convocou testemunhas para prestar depoimento, entre os quais o diretor-adjunto da PJ João Melo.