Morto em emboscada à porta de discoteca
AGRESSOR PRINCIPAL JÁ ESTARÁ IDENTIFICADO MAS NÃO FOI DETIDO PELAS AUTORIDADES
CRIME Calceteiro
de 50 anos que estava a trabalhar em empreitada na ilha do Faial não resistiu a espancamento INVESTIGAÇÃO Zaragata entre duas raparigas estará na origem do brutal ataque
no exterior
A tentativa de separar duas jovens envolvidas em agressões no interior de uma discoteca na Horta, Açores, acabou por revelar-se fatal para um calceteiro de 50 anos. Após várias confusões no interior do espaço, o homem foi emboscado por um grupo numeroso à porta, que o agrediu. Um dos golpes levou à queda da vítima, que ficou em coma. Não resistiu às brutais agressões e morreu no hospital. A Polícia Judiciária investiga agora os contornos do homicídio.
Segundo apurou o CM, Ademir Moreno, de origem cabo-verdiana mas a viver na zona do Barreiro há mais de 30 anos, estava há cerca de três meses na ilha do Faial a trabalhar numa empreitada. De acordo com o relato de colegas e de outras testemunhas às autoridades, na madrugada de domingo, quando estava numa discoteca junto ao Tribunal da Horta, viu-se envolvido numa discussão, depois de “tentar separar duas raparigas que se tinham pegado”. Mas o ato não terá sido visto com bons olhos por alguns “homens da terra”, que assumiram que Ademir as estava a importunar ou assediar. Houve uma troca de palavras e várias ameaças, ainda no interior, mas a situação parecia ter acalmado. Segundo os mesmo relatos, já recolhidos pelo Ministério Público, PSP e Polícia Judiciária, quando saiu do espaço, Ademir era esperado por um grupo numeroso, que o confrontou, insultou e agrediu.
Um dos agressores desferiu então um murro que fez
Ademir cair desamparado no chão, ficando logo inanimado. A vítima foi assistida pelos Bombeiros do Faial e transportada ao Hospital da Horta em estado considerado crítico. Ainda foi ponderada a transferência para outra uniocorrência,
dade hospitalar, mas o grave estado de saúde não permitiu fazer a transferência em segurança. Esteve em coma induzido até à tarde de segunda-feira, altura em que o óbito foi declarado.
A PSP tomou conta da
identificou as pessoas envolvidas e encaminhou o processo para o Ministério Público, que delegou a investigação na Polícia Judiciária. O suspeito principal estará já identificado, mas não foi detido.