Mata irmã com 30 facadas
HOMICÍDIO QUALIFICADO MP fala em frieza e crueldade ª DEFESA Professora diz que arguida era muito frágil. Reconhece que não falam da morte
u B. matou a irmã com 30 facadas. A acusação do Ministério Público conta a história de terror vivida por Lara, de 19 anos, que foi atacada em vária divisões da casa, pela irmã de 16. O crime aconteceu a 15 de agosto do ano passado, mas só foi descoberto em setembro, depois de B. ter revelado o que fez. A autópsia não deixa dúvidas da violência, que B. confessou integralmente. Contou como matou, correndo pela habitação com uma faca de cozinha. Tinha acabado de discutir com a irmã por causa de um telemóvel.
“Lara encontrava-se no interior do quarto a trocar mensagens com o namorado. A B. entrou no quarto e apercebeu-se do que estava a fazer a irmã. Uma vez que tinha ficado sem o telemóvel pelas atitudes de repressão da irmã, a B. iniciou uma discussão com ela”, pode ler-se na acusação, onde se refere que a vítima não teve qualquer hipótese de resistir.
Acusada de homicídio qualificado e profanação de cadáver, B. volta a ser defendida pela professora, que espera agora que a adolescente seja finalmente ajudada.
B. está na cadeia de Tires há mais de seis meses e a professora, que lhe deu aulas no último ano, tem-na visitado pelo menos uma vez por mês. “A primeira vez que a vi quase que não a reconheci. Esta menina tinha uma figura muito frágil, muito pequenina, muito magrinha e ela está com o dobro da largura. Presumi que aquele engordar tivesse sido da medicação que eventualmente tomou e também porque estava a comer. Finalmente está a ter as refeições diárias”, conta. A arguida envia-lhe cartas da prisão. Durante as visitas não falam do que se passou, aliás, em meio ano, nunca mencionou o nome de Lara. Conta-lhe apenas coisas do dia a dia, que está a estudar e pede-lhe para lhe levar livros. “Já lhe disse que um dia vamos ter de falar sobre o que aconteceu, porque também eu preciso de perceber o que aconteceu”, diz.
PROFESSORA TEM VISITADO A MENOR QUE ESTÁ NA CADEIA DE TIRES