UM COZIDO À PORTUGUESA COM TOQUE DE LOURO
QUE BARRIGADA Desde que Roberto Martínez chegou e confessou o seu prato favorito, são 11 vitórias em 11 jogos ª LEÃO CONTRA LEÃO Rafael abriu o caminho a uma vitória farta. Gyokeres lá marcou, mas de pouco valeu. Jota Silva estreou-se
u Uma barrigada portuguesa, com certeza. A Seleção desfez ontem a Suécia, num jogo particular que confirma que Roberto Martínez continua com a receita certa. Desde que cá chegou e confessou o seu amor pelo cozido, são 11 vitórias em 11 jogos. Ontem, novo banquete, com uma pitada de um louro especial: Gyokeres também marcou.
Não deixa de ser irónico. Tanto se falou no leão que está a impressionar o País, que o primeiro a brilhar foi o Leão que representa o País. Bernardo Silva rematou ao poste e Rafael, com classe, enviou a recarga ao ângulo para a entrada vitoriosa em Guimarães, aos 24 minutos.
Até ao intervalo, Portugal foi arrasador. Matheus Nunes aproveitou uma autoestrada para fazer o segundo (33') e complicar as contas, não só da Suécia, mas também as de Martínez, que tantas opções tem para o meio-campo.
E nesse setor do terreno, o patrão foi Bruno Fernandes, que assinaria o 3-0 para o intervalo, numa jogada que teve Nélson Semedo como arquiteto e construtor. Da Suécia, pouco ou quase nada.
Um cenário que mudou, na verdade, depois do descanso. Roberto Martínez mexeu, os nórdicos não e começaram a impor-se mais no jogo - na segunda parte, até acabam com mais remates (10-6). De quase nada, ou pouco, valeu. Quem marcou foi outra vez Portugal, agora por Bruma. Era o 4-0, aos 57 minutos.
E, então sim, apareceu Gyokeres. É habitual definir-se jogadores como o avançado do Sporting como inevitáveis. E lá apareceu, à boca da baliza, a reduzir as distâncias, ainda antes da hora de jogo e de ser substituído, debaixo de um coro de assobios.
Até porque estávamos em Guimarães, cidade que só idolatra os seus - o estreante Jota Silva levou o aplauso da noite ao substituir Gonçalo Ramos depois de o avançado do PSG fazer o 5-1. Jota logo falhou o sexto e foram os suecos a fechar a cortina do jogo, com o golo de Nilsson. Era só aquela última pitada de louro em novo banquete português.