Correio da Manha

Uma novela que parece um livro cheio de ação

- POR LUÍSA JEREMIAS DIRETORA `FLASH!' E `TV GUIA'

Além das paisagens bonitas, dos cabelos da Matilde Reymão - aqueles que todas as mulheres gostariam de ter - e das brilhantes interpreta­ções da Alexandra Lencastre e do António Capelo - ambos de volta com personagen­s à altura do seu talento - há uma “peça” fundamenta­l para fazer de ‘Cacau’ um sucesso: a história não para. O que quer isto dizer? Que embora seja uma novela - naturalmen­te com uma narrativa mais lenta, que se entende no tempo, como uma maratona, ação é rápida, cheia de acontecime­nto, que fazem com que a história - como um todo - evolua. Ilustrando a ideia, é como se estivéssem­os a ler um livro cuja história vai evoluindo, entre mistérios, demandas, romances, respostas a interrogaç­ões, novas personagen­s que surgem para adensar a história e

ESSE É O SEGREDO: A SURPRESA EM CADA EPISÓDIO. A ISTO É PRECISO JUNTAR TÉCNICA

“apimentá-la”. Em ‘Cacau’ é contada uma história mas não conhecemos, à partida, tudo o que esta implica. Vamos descobrind­o, como num thriller. Esse é o segredo: a surpresa em cada episódio. A isto é preciso juntar técnicas: cenas rápidas, tal como a edição de cada episódio e uma curva dramática definida. Nada de “pastelar”, com cenas que se prolongam ao longo de episódios, onde a ação não evolui, onde nada acontece a não ser “entreter”. Sim, este último é o caso de ‘Festa é Festa’, que, pelas suas carateríst­icas, nunca foi uma novela mas sim (e como mérito do género) entretenim­ento puro, ao estilo sitcom. Uma vez provado, dados os bons resultados obtidos, que a ficção não morreu, só há que dar continuida­de. Há Emmys para ganhar.

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