Uma novela que parece um livro cheio de ação
Além das paisagens bonitas, dos cabelos da Matilde Reymão - aqueles que todas as mulheres gostariam de ter - e das brilhantes interpretações da Alexandra Lencastre e do António Capelo - ambos de volta com personagens à altura do seu talento - há uma “peça” fundamental para fazer de ‘Cacau’ um sucesso: a história não para. O que quer isto dizer? Que embora seja uma novela - naturalmente com uma narrativa mais lenta, que se entende no tempo, como uma maratona, ação é rápida, cheia de acontecimento, que fazem com que a história - como um todo - evolua. Ilustrando a ideia, é como se estivéssemos a ler um livro cuja história vai evoluindo, entre mistérios, demandas, romances, respostas a interrogações, novas personagens que surgem para adensar a história e
ESSE É O SEGREDO: A SURPRESA EM CADA EPISÓDIO. A ISTO É PRECISO JUNTAR TÉCNICA
“apimentá-la”. Em ‘Cacau’ é contada uma história mas não conhecemos, à partida, tudo o que esta implica. Vamos descobrindo, como num thriller. Esse é o segredo: a surpresa em cada episódio. A isto é preciso juntar técnicas: cenas rápidas, tal como a edição de cada episódio e uma curva dramática definida. Nada de “pastelar”, com cenas que se prolongam ao longo de episódios, onde a ação não evolui, onde nada acontece a não ser “entreter”. Sim, este último é o caso de ‘Festa é Festa’, que, pelas suas caraterísticas, nunca foi uma novela mas sim (e como mérito do género) entretenimento puro, ao estilo sitcom. Uma vez provado, dados os bons resultados obtidos, que a ficção não morreu, só há que dar continuidade. Há Emmys para ganhar.