Inflação reduziu crescimento de salários a 1,8%
OCDE Relatório mostra que salários subiram o ano passado 7,4%, mas crescimento encolheu com inflação QUEDAS Salários médios perderam poder de compra superior a 2% em sete países da organização
O salário médio aumentou, o ano passado, 7,4% em Portugal, mas tendo em conta uma inflação de 5,5%, o crescimento foi de apenas 1,8%. A conclusão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico que, num relatório divulgado ontem, contabiliza que os salários reais caíram em cerca de metade dos países da OCDE em 2023.
Portugal, no entanto, integra o grupo das nações em que os salários subiram, segundo o relatório `Taxing Wages 2024', apesar de a inflação ter reduzido esse aumento.
Em termos nominais, o salário médio aumentou em 37 países que integram a organização, face a 2022, mas em termos reais caiu em 18.
A organização indicou ainda que a queda nos salários reais foi de mais de 2% em sete países: Estónia, Islândia, Chéquia, Hungria, México, Suécia e Colômbia.
“As taxas de imposto efetivas sobre o rendimento do trabalho subiram em toda a OCDE em 2023, enquanto a inflação se manteve acima dos níveis históricos”, indicou a OCDE.
A organização destacou que, “com os sistemas fiscais de muitos países da OCDE a não se ajustarem totalmente à inflação, a carga fiscal média para os oito tipos de agregados familiares abrangidos pelo presente relatório aumentou na maioria dos países entre 2022 e 2023, impulsionada, na maioria dos casos, por impostos sobre os rendimentos mais elevados”, lê-se no documento.
Assim, “pelo segundo ano consecutivo, os rendimentos após impostos ao nível salarial médio diminuíram na maioria dos países da
OCDE”, indicou.
RELATÓRIO DA OCDE CONCLUI QUE SALÁRIOS REAIS CAÍRAM EM METADE DOS PAÍSES