Correio da Manhã Weekend

ECONOMIA: EMPRÉSTIMO­S. INSTRUMENT­OS FINANCEIRO­S DAS EMPRESAS PÚBLICAS (SWAP) GERAM PREJUÍZOS DE 1153 MILHÕES DE EUROS.

DADOS r Se as operações tivessem sido liquidadas em 2017 teriam dado prejuízo aos cofres públicos ENCARGOS r Há 23 contratos ativos. Só o Metro de Lisboa tem 16 com valor negativo de 540 milhões

- DIANA RAMOS NOTÍCIA EXCLUSIVA DA EDIÇÃO EM PAPEL

Os polémicos contratos swap das empresas públicas, que motivaram uma comissão parlamenta­r de inquérito e ditaram a demissão de gestores públicos e governante­s, provocaram perdas potenciais de 1153 milhões de euros no final de 2017. O Metro de Lisboa continua a ser a empresa que tem mais peso neste dossiê.

Segundo o relatório anual do IGCP, que gere a dívida pública, “existiam 23 instrument­os derivados nas carteiras das Entidades Públicas Reclassifi­cadas [EPR] no final de 2017, com um valor de mercado negativo de 1153,3 milhões de euros”. Ainda assim, “o valor de mercado desta carteira melhorouce­rcade 305,8 milhões de euros ao longo do ano”.

OS SWAP DO SANTANDER DITARAM UM LITÍGIO COM O ESTADO, JÁ TERMINADO

Um swap é um instrument­o derivado complexo que divide os riscos de umaoperaçã­o financeira entre duas partes. O mais comum é o cambial, que cobre eventuais perdas comadesval­orização de moedas.

O Metro de Lisboa possuía, no final do ano passo, 16 contratos de derivados swap ativos, com um valor negativo de 640,1 milhões de euros. Seguia-se-lhe o Metro do Porto, com quatro contratos de swap vivos, que tinhamperd­as potenciais associadas de 445,9 milhões de euros. A Parpública, empresa que gere as participaç­ões do Estado, fechava o pódio com três contratos de swap e perdas de 167,3 milhões de euros. A Transtejo já não tem contratos ativos.

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Empresas de transporte público recorreram aos swap, operações polémicas que deram elevados prejuízos
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