Bosque urbano vai nascer junto à VCI
Cerca de 800 árvores começaram ontem a ser plantadas no nó rodoviário do Regado, no âmbito de um projeto que prevê a criação de bosques urbanos.
Oprimeiro Biospot da cidade do Porto começou ontem a ser plantado no nó do Regado, junto à Via de Cintura Interna (VCI), numa área com cerca de 3,5 hectares. Até ao final desta semana, o espaço vai receber quase 800 árvores e arbustos, criando assim o primeiro de 14 novos bosques urbanos que nos próximos cinco anos vão ser instalados ao longo dos nós e taludes da VCI.
No arranque deste projeto, o presidente da Câmara do Porto, que assinalou a iniciativa com a plantação de um medronheiro, explicou que se trata de «construir bosques urbanos naquilo que são zonas abandonadas do Porto, as ‘orelhas’ de autoestrada», mas que terão «um impacto enorme» em vários domínios, nomeadamente no ambiente.
«Estamos aqui, nesta zona, a plantar as primeiras 800 árvores, de espécies autóctones, mas nos próximos cinco anos vamos plantar 10 mil árvores. No fundo, vamos construir parques da cidade em zonas da cidade que não são acessíveis, mas que são visíveis, e que vão ter um impacto grande no ambiente», afirmou Rui Moreira.
Este projeto resulta de um protocolo assinado pelo Município com a Infraestruturas de Portugal e a Área Metropolitana do Porto que terá a duração de cinco anos e que dita a criação da Rede de Biospots do Porto.
Promover a biodiversidade
Esta rede de áreas de floresta urbana na cidade será criada para promover a biodiversidade, os serviços dos ecossistemas, adaptação às alterações climáticas e a amenização paisagística.
Até 2021 serão instaladas e mantidas cerca de 10 mil novas árvores e arbustos, que oferecerão à cidade inúmeros serviços ‘invisíveis’ (como retenção de poluentes atmosféricos e armazenamento de carbono). As plantas são produzidas no Viveiro de Árvores e Arbustos Autóctones do Futuro, instalado no Viveiro Municipal.