Tecnicalidades limitam candidatura a Lisboa
Governo garante que coube à comissão de avaliação a decisão de excluir outras cidades do processo.
As vozes críticas sucedem-se – Rui Rio está entre as últimas –, obrigando mesmo o Governo a tomar nova posição durante a visita oficial do primeiro-ministro a países da América Latina. António Costa não quis falar do assunto, mas fonte oficial do Executivo defendeu as opções que foram tomadas.
«Até ao último momento possível», o primeiro-ministro terá defendido a escolha de outra cidade que não Lisboa, nomeadamente o Porto, para a corrida à sede da Agência Europeia do Medicamento. Só que a comissão de avaliação nomeada para gerir o processo contrapôs que apenas a capital teria reais hipóteses de vencer a corrida contra outras grandes cidades europeias.
Fáceis ligações aéreas para os cerca de oito mil funcionários da agência, escolas para os filhos desses trabalhadores e lista de edifícios com disponibilidade imediata para a sede ser instalada mal saia de Londres foram alguns dos pontos que terão sido apontados como impeditivos de uma candidatura forte no Porto.
Remar num só sentido
E se o BE lamentou ontem a precipitação do Governo na gestão deste assunto, o Presidente da República pediu aos partidos que se entendam, de forma a «remarem todos na mesma direção».