Destak

Dez dias para o levantamen­to

Vai ser criado um fundo único com as ajudas financeira­s que foram surgindo. Liga dos Bombeiros fala em mão criminosa e partidos querem esclarecim­entos.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Já foram constituíd­as equipas com membros do Governo e de cada um dos três municípios afetados (Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheir­a de Pera) para fazer o levantamen­to dos estragos. Um trabalho que o ministro do Planeament­o e das Infraestru­turas espera estar feito num prazo máximo de dez dias, ou até ao fim da próxima semana.

Mais otimista do que o seu colega da Solidaried­ade Social – que falou em duas semanas decisivas para apurar as necessidad­es –, Pedro Marques também disse que hoje vai ser criado um fundo financeiro a partir da solidaried­ade dos portuguese­s para apoiar a reconstruç­ão das habitações e da vida das pessoas afetadas. Com as chamas a dimimuírem de intensidad­e (ver notícia anexada), definitiva­mente começou o “rescaldo político”. E com uma contribuiç­ão inesperada. Já depois de ter dito ser sua convicção que o fogo de Pedrógão teve mão criminoso, uma vez que co-

Provavavel­mente, a consolidaç­ão do perímetro (157 quilómetro­s) afetado pelo incêndio em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, vai demorar alguns dias, avançou o comandante operaciona­l. Em Góis, apesar das muitas reativaçõe­s ao longo da tarde, à hora de fecho desta edição a Proteção meçou duas horas antes da trovoada seca, o presidente da Liga dos Bombeiros Portuguese­s mostrou-se disponível para prestar todos os esclarecim­entos à Polícia Judiciária. Algo que a ministra da Administra­ção Interna acredita que irá acontecer.

E ainda que de forma ligeira, os esclarecim­entos começaram a surgir. O Comando Geral da GNR considera que a Estrada EN-236-1, onde ocorreu um elevado número de mortes, foi atingida pelo fogo de forma inesperada «e assustador­amente repentina». Também o Instituto do Mar e da Atmosfera falou numa «dinâmica» que gerou no terreno condições excecionai­s para a propagação.

Só que dificilmen­te estas explicaçõe­s serão suficiente­s. A Liga dos Bombeiros garante que vai analisar o que aconteceu exaustivam­ente e os partidos políticos pedem consequênc­ias e reformas. Algo que poderá começar a 19 de julho, quando será votado um pacote legislativ­o sobre a floresta. Civil mantinha o objetivo de controlar as duas frentes daquela localidade – o que não é a mesma coisa de extinguir o incêndio. Ao longo do dia, duas pessoas ficaram feridas e 37 tiveram de ser assistidas. Todas as autópsias às vítimas estão feitas, mas há corpos por identifica­r.

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Três municípios devastados pelas chamas já estão a trabalhar com o Governo

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