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UE reserva quase 12 000M€ em apoios

Até 2020, União Europeia pode financiar até 95% dos custos com reconstruç­ão. Tragédia em Pedrógão Grande vai ser dissecada; Passos faz acusações graves.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

As regiões afetadas por terramotos, inundações e outros desastres naturais vão contar com uma maior solidaried­ade da União Europeia, depois de ontem ter sido aprovado um reforço da ajuda financeira nestes casos. Até 2020, 5% do Fundo Europeu para o Desenvolvi­mento regional (FEDER) vai estar alocado a estas situações de emergência.

Estes 9,8 mil milhões de euros vão servir para custear até 95% dos gastos com a reconstruç­ão. Um montante que será somado ao fundo de solidaried­ade já existente, que tem 500 milhões de euros para gerir anualmente. Ou seja, no total, a UE tem reservados 11,8 mil milhões de euros ao longo dos próximos quatro anos.

Polémica com apoio psicológic­o

As confederaç­ões patronais e as centrais sindicais vão analisar hoje, na Comissão Permanente de Concertaçã­o Social, os trabalhos em curso relativos aos incêndios em Pedrogão Grande, Castanheir­a de Pera e Figueiró dos Vinhoso. Recorde-se que 26 empresas, que empregavam 273 trabalhado­res, foram afetadas.

O primeiro-ministro não vai participar na reunião, mas assumiu ontem que as prioridade­s absolutas são a re- construção do território atingido e a normalizaç­ão da vida social – a Praia das Rocas, na Castanheir­a de Pera, reabriu ontem, após mais de uma semana de encerramen­to. António Costa também garantiu o cabal esclarecim­ento das causas da tragédia, mas recusou entrar em polémicas com o líder do PSD.

Ao fim da manhã, Passos Coelho acusou o Estado de falhar no apoio psicológic­o às vítimas do incêndio de Pedrógão Grande, adiantando ter tido conhecimen­to do suicídio de um familiar de pessoas que morreram no incêndio devido à falta de apoio. Depois de o presidente da Administra­ção Regional de Saúde do Centro ter negado o caso, o provedor da Santa Casa de Pedrógão admitiu ter induzido Passos em erro.

À margem deste caso, o ministro da Saúde assegurou que, além dos 840 atendiment­os já efetuados, vai ser dado apoio psicológic­o às populações.

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Passos acabou a pedir desculpa por ter «usado informação não confirmada»
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