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Área ardida até agosto é o dobro do habitual

Os 214 mil hectares ardidos (metade dos quais em seis fogos) são o valor mais alto dos últimos dez anos.

- JOÃO MONIZ jmoniz@destak.pt

Os incêndios florestais consumiram 213 986 hectares de 1 de janeiro a 31 de agosto. Este é o valor mais elevado nos últimos dez anos e duas vezes mais do que a média anual de área ardida para o mesmo período.

Segundo o relatório provisório do Instituto da Conservaçã­o da Natureza e das Florestas (ICNF), registaram­se 12 377 ocorrência­s (2652 incêndios florestais e 9725 fogachos). Praticamen­te 10% da área ardida (pouco mais de 20 hectares) situava-se em zonas protegidas, destruindo mais de metade do Monumento Natural das Por- tas de Rodão e da Paisagem Protegida da Serra da Gardunha.

Os seis maiores incêndios registados este ano foram responsáve­is por 100 276 hectares ardidos, quase metade do total. A Sertã, com 29 752 hectares de área ardida, foi o incêndio de maiores dimensões, seguido de Pedrógão Grande, com 64 mortos e 27 364 hectares destruídos. Sobre este incêndio, o Presidente da República aconselhou ontem que sejam dadas explicaçõe­s aos portuguese­s sobre como e quem está a gerir as verbas para apoiar as vítimas.

Aumento de 75% nos detidos

À margem destes números, a Proteção Civil revelou que as autoridade­s detiveram 128 pessoas pelo crime de incêndio florestal este ano, um aumento de 75% em relação a 2016.

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Presidente quer ver explicado como está a ser gerido o apoio às vítimas

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