Aumento médio de 1,94% nos salários
Esmagadora maioria das empresas (86%) prevê atualizar os vencimentos. Mulheres recebem menos porque não acedem às profissões mais bem pagas.
No próximo ano, 86% das empresas vão aumentar os salários dos trabalhadores, uma atualização que será de 1,94%, em média. Ainda de acordo com o Workforce+pay 2018, inquérito que abrangeu mais de 200 mil portugueses que o Destak consultou, 95% das empresas referiram que a performance individual é o fator mais importante na atribuição de aumentos salariais, embora as competências dos trabalhadores (64%) sejam menos influentes na definição da política salarial do que a competitividade externa (69%).
Quanto aos incentivos de curto prazo, quatro em cinco empregadores entregam um bónus anual (mais que os 75% do inquérito anterior). Ainda assim, o seguro de saúde continua a ser o benefício mais atribuído, passando de 89,6% para 91,2%.
Mulheres recebem menos 24%
As mulheres ganham menos 24% do que os homens com a mesma idade e escolaridade, conclui um estudo da Universidade do Minho, a que o Destak teve acesso, com 190 mil trabalhadores de mais de 1500 empresas pri- vadas. A grande discriminação reside no acesso à profissão e ao tipo de empresa, pois «os homens tendem a trabalhar para as entidades que pagam melhor», dizem os investigadores. Sinal disso é que 65 a 70% das mulheres estão nas profissões mais mal pagas.
A diferença salarial entre homens e mulheres é «diminuta» quando se aufere próximo do salário mínimo, atingindo o máximo em ordenados a rondarem os €800 a €1000/mês. A desigualdade salarial entre sexos atinge os 5% nas funções pagas entre €1000 e €2000 e sobe a partir daí.
Ler email só com aviso prévio
Entretanto o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (TEDH) decidiu que as empresas têm de avisar os trabalhadores antes de acederem ao seu correio eletrónico e não podem reduzir a zero a privacidade dos funcionários no período laboral.