O desporto é dos consagrados
Os próximos dias serão dias bons para quem gosta de desporto.
E por “gostar de desporto” não se leia apenas “gostar de futebol”. Porque são coisas bem diferentes. Serão dias bons para quem gosta de desporto e dos seus heróis, heróis que, por estes dias, parecem ter uma resistência e uma longevidade para lá de humana. O que é bom porque damos por nós a ter heróis de infância que se tornam heróis de adolescência e, com um pouco de sorte, até heróis de vida adulta. Em Nova Iorque, no US Open, e apesar dos miúdos Rublev e Shapovalov terem entusiasmado muito boa gente, a verdade é que todos estão à espera da possível meia-final entre Rafael Nadal e Roger Federer (quando o leitor pegar neste jornal, ela poderá até já nem ser possível, já que
«Serão dias bons para quem gosta de desporto e dos seus heróis»
jogaram esta noite os quartos de final). Os veteranos andam nisto já vai para década e meia, mas continuam a ser eles os únicos capazes de nos deixar acordados de madrugada para ver ténis. No quadro feminino, é Venus Williams, do alto dos seus 37 anos, que vai ditando o nível de jogo, agora que a irmã Serena está fora. Mais: no ciclismo,
Chris Froome pode tornar-se no primeiro ciclista desde Bernard Hinault em 1978 a vencer Tour e Vuelta na mesma temporada, um feito extraordinário tendo em conta a dureza das duas voltas e o facto de se disputarem com menos de um mês de diferença. E hoje, mais logo, já madrugada por cá, Tom Brady abre mais uma época da NFL, ele e os seus cinco títulos, o último conquistado na última temporada, já à beirinha dos 40, que comemorou no início de agosto.