Uma mostra cheia de “Turbulências”
Realidades e contradições sociais, como os refugiados, as ditaduras e o racismo são centrais na exposição “Turbulências”, que estreia amanhã em Lisboa.
Inserida na programação do evento Lisboa Capital Iberoamericana de Cultura 2017 - Passado e Presente, a exposição Turbulências inaugura amanhã, às 21h30, na Galeria Torreão Nascente da Cordoaria Nacional.
Em visita guiada aos jornalistas a esta exposição com 40 obras de 18 artistas da coleção de arte da fundação bancária espanhola La Caixa, Nimfa Bisbe, a curadora, apontou que na mostra «os artistas não dão soluções para os problemas do mundo, mas levantam perguntas pertinentes».
Mostra multidisciplinar
Na mostra estarão expostas obras em fotografia, vídeo, escultura, pintura e instalação, trazendo consigo as realidades de países como a Argentina, Brasil, Cuba, México, Espanha, ou Venezuela. Elisa Durán, diretora-geral adjunta da Fundação La Caixa, referiu, ciatada pela Lusa, que esta exposição, com a maioria de peças contemporâneas inéditas, «foi criada especificamente para o evento, em Lisboa, e para contribuir para uma re- flexão e visão do mundo no sentido da paz». »É um mundo que não podemos compreender com uma única perspetiva e, por isso, são essenciais várias visões e reflexões de artistas comprometidos com a realidade social», salientou a responsável de uma fundação que iniciou a sua coleção de arte nos anos 1980, e detém atualmente mil obras de 400 artistas de todo o mundo.
Já na opinião de António Pinto Ribeiro, comissário da Capital Ibero-americana da Cultura, os problemas focados nesta exposição, «embora contenham os problemas sociais e políticos específicos da América Latina, na sua essênciatambémafetamoutroscontinentes, como a Europa e a Ásia».
O título Turbulências é retirado da obra com o mesmo nome criada em 1998pelaartistairanianashirinneshat.