DADOS A RETER
Procuradoria investiga
O Ministério Público instaurou inquéritos autónomos nos Departamentos de Investigação e Ação Penal (DIAP) das comarcas onde ocorreram os incêndios registados desde domingo. O Governo decretou três dias de luto nacional a partir de hoje e até quinta-feira
Centenas de casas ardidas Mais de uma centena de pessoas ficaram desalojadas no concelho de Oliveira do Hospital. Em Pampilhosa da Serra, cennas de casas, «muitas de primeira habitação», foram destruídas. O incêndio em Monção foi dado como extinto às 21h30 da noite de ontem.
Animais não resistem Centenas de animais morreram e muitos estão queimados e outros à solta, avança a Ordem dos Médicos Veterinários, que descreve o cenário como «extremamente difícil». Além de alimento e tratamento médico, é preciso incinerar os cadáveres, por motivos sanitários.
Infraestruturas afetadas Vagos, Seia, Gouveia, Fornos de Algodres, Alijá e Murça foram algumas das localidades que fecharam escolas e creches. Várias estradas continuaram fechadas e a EDP instalou 23 geradores para fornecer eletricidade às populações afetadas.
Área ardida colossal
No pinhal de Leiria terão ardido pelo 17 250 hectares, o que representa 80% da mata nacional. Segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, arderam 635,66 quilómetros quadrados, o equivalente a seis cidades de Lisboa.
O pior ano do século
Desde o ano 2000 já morreram pelo menos 200 pessoas em incêndios florestais em Portugal. Este ano é o pior, com 103 vítimas confirmadas. Madonna foi uma das muitas figuras que ontem lamentou a catástrofe que se abateu sobre Portugal.