A afirmação do Governo
Foi com uma política alternativa ao governo da direita, do PSD e do CDS, que o Partido Socialista conseguiu formar governo com o apoio parlamentar do Partido Comunista Português, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista Os Verdes.
Os acordos políticos alcançados tiveram como propósito o fim da austeridade, apresentando ao País uma alternativa de rápida reposição de rendimentos, aliada a uma melhor redistribuição, e a recuperação do investimento público com vista ao relançamento do crescimento económico e do emprego. A apresentação do Orçamento de Estado de 2018 é a vitória e a afirmação dessa alternativa. A direita, que defendeu que as políticas assumidas pelo atual Governo falhariam, que foi contra a redução acelerada da austeridade e que sempre afirmou que não havia caminhos alternativos, foi completamente derrotada pelos resultados e méritos do atual Governo.
Agora, que toda a estratégia da direita falhou, tentam reivindicar méritos na recuperação económica. Nunca conceberam que, com um governo de esquerda, estaríamos a discutir para 2018 uma meta de 1% de défice, num orçamento que prevê um crescimento económico de
2,2%, uma taxa de desemprego de 8,6% e uma redução da dívida pública para 123,4% do PIB, respeitando as regras europeias e com metas orçamentais suportadas em medidas como a reposição de salários e pensões, as progressões na função pública, a progressividade no IRS (com a criação de dois novos escalões), mais despesa nos serviços públicos, na habitação e nos transportes públicos e mais investimento público.
É um orçamento expansionista, que devolve rendimentos às famílias, e que dá grandes passos na recuperação económica póscrise. É a vitória da alternativa e a afirmação deste Governo.