Ar alfacinha tem de ser mais respirável
A Zero quer mais fiscalização nas Zonas de Emissões Reduzidas de Lisboa, um plano de contingência e mais medidas complementares para garantir qualidade do ar.
Apropósito do Plano de Melhoriadaqualidadedoarda Região de Lisboa e Vale do Tejo, apresentado ontem pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), a vice-presidente da Zero, Carla Graça, alertou para o facto de estarem a ser «sistematicamente ultrapassados» os valores-limite de diversos poluentes no centro de Lisboa, devido ao tráfego rodoviário, nomeadamente o dióxido de azoto. À Lusa, a responsável disse que «são necessárias medidas com muito maior impacte e expressão,deformaasalvaguardarasaúde pública» em Lisboa.
Falta de fiscalização
«Temos constatado a ausência de fiscalização, tendo registado a passagem de inúmeros veículos, nomeadamente táxis, com matrículas que indiciam uma idadesuperiora16anosnazonadabaixa lisboeta». Assim, a responsável indica que é necessária uma «fiscalização rigorosa», além de que deve haver mui-
CCDR-LVT diz ter falta de meios para obrigar entidades a cumprir regras nas Zonas de Emissão Reduzida
to menos tráfego no centro de Lisboa.
«De entre as várias medidas possíveis, e considerando que a pior zona identificada é a do corredor da Av. da Liberdade, destaca-se a proibição de atravessamento da Praça dos Restauradores e do Rossio, com acesso excluído exceto tráfego local. Por isso, deve haver uma maior promoção do transporte coletivo», sugeriu ainda. Por fim, a dirigente da Zero considera que, tal como acontece em outras cidades europeias, Lisboa e Porto devem ter um «plano de contingência, a ser ativado com a brevidade possível face à previsão ou ocorrência de elevadas concentrações de poluentes que ponham em causa a saúde pública da população».