Web Summit e a cultura da inovação
Nos últimos dias tivemos em Portugal mais uma edição da Web Summit, um encontro de tecnologia que visa debater o futuro e criar oportunidades para que cada vez mais empresas possam criar projetos inovadores. Um momento em que a tecnologia, os empresários e os investidores se juntam para fazer futurologia e potenciar investimentos.
Sinceramente não sei qual o real valor destes encontros. Não sei se temos muito ou pouco investimento. Não sei até que ponto todo este aparato se traduz em negócio efetivo.
Diz-se que sim. Ainda estamos para ver os resultados e esperemos que sejam muito proveitosos.
O que sabemos, contudo, é que não podemos travar a evolução tecnológica que nos pode levar a novos patamares civilizacionais. O futuro é incerto mas a criatividade permite trazer melhorias substanciais às nossas vidas, permite poupar dinheiro, permite criar novos processos e formas de viver. E em Portugal estamos a desenvolver uma cultura de inovação.
Temos mais propensão a assumir riscos e estamos a deixar de olhar o fracasso empresarial com maus olhos. Porque o fracasso traz muita aprendizagem. O fracasso não tem de ser negativo.
Os novos paradigmas dão mais possibilidades a Portugal de afirmar a nossa criatividade no mercado internacional. Mas é fundamental que tenhamos os pés assentes na terra e que criemos modelos de negócio sustentáveis, sólidos e que façam sentido. Quer isto dizer que têm de ser rentáveis. E este é o maior desafio. Deixar o romantismo e ganhar dinheiro.