Grupos de risco não estão vacinados
Menos de um terço das pessoas suscetíveis a uma pneumonia estão vacinados. Associação quer criar uma plataforma online para lutar contra esta tendência.
Todos os anos, três milhões de europeus são afetados pela Pneumonia Adquirida na Comunidade, uma das principais causas de morte por infeção na Europa. Quando um terço desses casos requer hospitalização, a prevenção é a chave para inverter este ciclo. Só que, embora algumas formas de pneumonia sejam potencialmente preveníveis através de vacinação, o estudo PNEUVUE® - 65 Years and Over revela que, dentro deste grupo de risco, apenas 20 a 30% dos indivíduos estão vacinados.
É com base neste número e no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Pneumonia, que se assinala domingo, que o MOVA – Movimento Doentes pela Vacinação revela ao Destak a intenção de criar uma plataforma online. Esta novidade «será acompanhada de presença no Facebook, ferramentas virtuais e interativas a que todos os interessados poderão recorrer, a partir de agora, para saber mais sobre vacinação, direitos e recomendações».
O estudo citado é esclarecedor: 85% dos inquiridos afirma saber o que é a pneumonia, mas apenas um terço (35%) sabia da existência de vacina contra esta doença – isto apesar de se encontrarem na faixa etária com maior risco de contrair a doença – e metade destes (18%) estava vacinado. Uma percentagem de proteção muito inferior quando comparada com a vacinação para a gripe: 48%.
Em Portugal, a pneumonia mata um adulto a cada 90 minutos. Só em tratamentos e internamentos, o Estado gasta em média 80 milhões de euros por ano, o equivalente a 218 mil euros por dia. «As doenças respiratórias são um dos maiores desafios do século XXI, mas o seu impacto em termos de saúde e socioeconómicos está sub-avaliado», lamenta o OMA.
A vacinação antipneumocócica pode ser feita em qualquer altura do ano e também previne outras formas graves da infeção por pneumococos, como a meningite e a septicémia, ou menos graves, como a otite média aguda e a sinusite.