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Reforçar o combate à fraude no setor

A «célere deteção de situações ilícitas» é o objetivo, o que vai passar também por alargar o espetro analisado. Governo vai pagar 1400M€ de dívidas em atraso.

- JOÃO MONIZ Com Agência Lusa

As compras e os patrocínio­s no setor da saúde vão ser monitoriza­dos «com o objetivo de potenciar a transparên­cia, o rigor e a correta aplicação dos dinheiros públicos». Assim o assume o Ministério da Saúde, que aponta a uma «célere deteção de eventuais situações ilícitas, que serão, de imediato, comunicada­s às entidades competente­s para investigaç­ão».

As listas de espera para cirurgia, os grupos de diagnóstic­o homogéneo, as ajudas técnicas, «com especial enfoque em matérias conexas com a gestão dos recursos humanos (processame­nto de vencimento­s, regime de incompatib­ilidades e acumulação de funções)» são as áreas que continuarã­o a ser analisadas, mas o Ministério quer ir mais longe e incluir «áreas que não se encontram sob a alçada do Centro de Conferênci­a de Faturas (futuro Centro de Controlo e Monitoriza­ção do SNS)».

Assim sendo, «a curto prazo e com natureza prioritári­a», também a emissão de certificad­os de incapacida­de temporária, de certificad­os de óbito, de atestados médicos para obtenção de carta de condução e de cheques dentista será passada a pente fino. Estas novidades surgiram no dia em que o ministro da Saúde foi à comissão parlamenta­r discutir o Orçamento de Estado para 2018, que o PCP classifica como «insuficien­te» e «limitado» no setor da saúde. Ao que Adalberto Campos Fernandes respondeu que o documento «recupera uma trajetória que se aproxima do financiame­nto que o país pode consagrar ao setor da saúde.

O governante aproveitou para anunciar que parte consideráv­el da dívida aos fornecedor­es do SNS será paga nos próximos meses. Em causa estão 1400 milhões de euros (M€) de uma fatura total que ascende a 2072M€. Até ao fim deste ano, o Executivo vai transferir 400M€ para os hospitais e aumentar o capital social dos hospitais EPE em 500M€ - uma operação do mesmo montante será feito no início de 2018.

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Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, esteve ontem no Parlamento

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