Restauro de farol histórico avança
As obras de conservação e restauro do Farol-capela de São Miguel-o-anjo, no Porto, devem arrancar “no início do próximo ano”, disse ontem à Lusa fonte da DRCN.
Em comunicado divulgado ontem, a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) anunciou que a assinatura do protocolo entre esse organismo, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), e a Associação Comercial do Porto (ACP) está agendada para o dia 24 de novembro.
Da parte da DRCN, «a obra arranca no início do próximo ano com a execução do novo Orçamento do Estado», prevendo-se ainda que os procedimentos para o concurso público sejam preparados em janeiro, de modo a que as obras arranquem a partir de março de 2018.
Tal como já tinha sido adiantado em março do ano passado, o investimento para esta empreitada é de cerca de 180 mil euros e será custeada, em partes iguais, pela DRCN, APDL e ACP – após a requalificação, que implica a criação um pequeno núcleo expositivo que enquadre historicamente o sítio e o monumento, o edifício será aberto ao público. O Farol-capela de São Miguel-o-anjo foi construído por volta de 1528, por iniciativaeaexpensasdemigueldasilva, embaixador do rei junto do Papa, bispo de Viseu e abade comendatário do Mosteiro de Santo Tirso. Trata-se de uma peça de arquitetura marítima de valor singular no panorama patrimonial, tendo sido o primeiro farol construído de raiz em território nacional. Classificado no ano de 1951 como Imóvel de Interesse Público, o farol encontra-se fechado e em muito mau estado de conservação devido à salinidade do ar; ao desgaste natural de quase 500 anos de vida; às mutilações provocadas pelo encosto dos outros edifícios; e por usos espúrios, argumenta a DRCN.