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Segurança das vias não está garantida

Associação de Cidadãos Auto-mobilizado­s (ACA-M) critica os vários governos por ainda não terem avançado com auditorias de segurança rodoviária às estradas.

- REDAÇÃO redacao@destak.pt

OGoverno aprovou todo o pacote da diretiva europeia para as auditorias de segurança rodoviária em 2013. Foi obrigado a transpor a diretiva para o direito português, mas já estamos em 2017 e ainda não há uma auditoria de segurança rodoviária», mesmo quando este procedimen­to está previsto desde 1998 no Plano Nacional Rodoviário. O presidente da ACA-M é claro nas críticas.

Esta falha «significa que o cidadão, quando vai para a estrada, não tem qualquer garantia de que a estrada não vai matar ou não vai contribuir para agravar um desastre, uma infração, um esquecimen­to, uma distração. Se não resolvemos esta necessidad­e absoluta de o Estado garantir qualidade nas vias, o Estado não pode exigir aos cidadãos que se portem responsave­lmente. Portanto, se não começamos por aqui, não vejo como vamos resolver este problema.»

Segundo Manuel João Ramos, as auditorias de segurança rodoviária são realizadas por organismos independen­tes. «Não podem depender dos concession­ários ou da Infraestru­turas de Portugal», servindo para garantir «que a via não tem pontos ne- gros, zonas de acumulação de acidentes, não tem nenhum erro de conceção». Asseguram ainda que, quando é detetada uma lacuna, como num cruzamento, «tudo será feito para que a estrada não contribua para que o erro do condutor ou do peão possa ter resultados trágicos».

Também presente na cerimónia que ontem assinalou o Dia Mundial em Memória das Vítimas na Estrada, o secretário de Estado da Proteção Civil respondeu que «as auditorias fazem parte do programa» que o Governo está a preparar para combater a sinistrali­dade rodoviária. José Artur Neves assegurou que, «a curto prazo», será divulgado um conjunto de medidas para «melhorar os dados» da sinistrali­dade rodoviária, que são «muito preocupant­es».

Entre 1 de janeiro e 15 de novembro, registaram-se 112 467 acidentes, 438 mortos e 1975 feridos graves.

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Até 15 de novembro, ocorreram mais 1786 acidentes, com mais 50 mortos

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