Prestígio em vez da sede da agência
O Porto foi a 7ª cidade mais votada entre as 19 candidatas para albergar a Agência Europeia do Medicamento (EMA na siglaeminglês), mas os elogios sucederam-se.
Afinal, as «hipótesessempre forammuito limitadas», reconheceu o Presidente da República. Mas como o próprio Marcelo Rebelo de Sousa, isso não retira qualidade à candidaturadoporto parareceber asede da EMA, que vai sair doreinounido na sequência do Brexit. Emcausa estava o impacto da chegada de 890 trabalhadores e da visitade cercade 35 mil representantes da indústria farmacêutica por ano.
Ainvicta ficou pelo caminho logo no primeiro escrutínio, com10 votos, sendo a 7ª cidade mais votada a par de Atenas, mas à frente de Bruxelas ou Lille. Amesterdão acabou por ser o local escolhido, mas só após sorteio, uma vez que a terceira e derradeira votação terminou empatada (13 votos) entre acapitalholandesae Milão, avencedoranasduasrondas iniciais.
Elogios de todos os setores
Depois da votação, e sem querer comentarseatrocaàúltimadahorana candidatura de Lisboa para o Porto foi prejudicial, a secretária de Estado dosassuntos Europeus salientou que «o Porto não venceu, mas teve umresultado honroso. Isso demostra que Portugal apresentou uma candidatura equilibrada».
Tambémembruxelas, o vereador da Câmara do Porto Ricardo Valente reforçouque «acandidatura cumpriatodososcritérios e tecnicamente eradasmais fortes» – sóque aeleição é essencialmente política, decidindo-senadiplomaciade bastidores. Jáopresidentedaautarquia, Ruimoreira, e a Associação Comercial do Porto destacaram os níveis de notoriedade, com a consequente promoção e ganhos de reputação que serão úteis no futuro.